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Cometa interestelar intriga astrônomos com química inédita
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Cometa interestelar intriga astrônomos com química inédita

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Aventuras Na História
08/09/2025 18h34
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Descoberto em 1º de julho de 2025, o cometa interestelar 3I/ATLAS rapidamente se tornou um dos objetos mais intrigantes já registrados pela astronomia moderna. Sua trajetória, vinda de fora do Sistema Solar, despertou o interesse do público e de pesquisadores, levantando inclusive especulações descabidas — como a hipótese de ser um artefato alienígena hostil, publicada em artigo não revisado por pares e rejeitada pela comunidade científica. Agora, observações realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) oferecem dados concretos e surpreendentes sobre esse visitante cósmico.

A análise conduzida com o espectrômetro NIRSpec do Webb revelou que a coma do 3I/ATLAS contém oito vezes mais dióxido de carbono (CO₂) do que água (H₂O), proporção jamais observada em cometas. A anomalia química sugere que o objeto se formou em condições muito diferentes das encontradas no berço dos cometas do nosso Sistema Solar.

Química do cometa

Para os astrônomos, essa predominância de CO₂ pode indicar tanto a ação intensa de radiação cósmica em seu núcleo quanto a formação próxima à chamada linha de gelo do dióxido de carbono — região de um disco protoplanetário onde o gás pode se condensar em gelo, repercute a CNN Brasil.

As observações também permitiram estimar que o núcleo sólido do 3I/ATLAS possui entre 320 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro, emitindo sinais de vapor de água detectados a 450 milhões de quilômetros do Sol. Além disso, modelos desenvolvidos pela equipe que o descobriu sugerem que o objeto tem mais de sete bilhões de anos, tornando-se potencialmente o cometa mais antigo já registrado, anterior até mesmo à formação do Sistema Solar.

A corrida por informações é urgente: o cometa viaja a mais de 210 mil km/h e passará pelo periélio — ponto mais próximo do Sol — em outubro. O JWST já tem uma nova janela de observação programada para dezembro, quando o objeto reaparecerá após cruzar a órbita solar. Cada dado coletado amplia a compreensão não apenas sobre o 3I/ATLAS, mas também sobre a diversidade química e os processos de formação de sistemas planetários além do nosso.

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