Dois asteroides do tamanho de aviões devem passar perto da Terra nos próximos dias
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Nos próximos dias, a Terra receberá a visita de dois asteroides, cujo tamanho se assemelha ao de aviões, conforme informações divulgadas pela NASA, a agência espacial dos Estados Unidos.
O primeiro desses corpos celestes, denominado 2025 OX, está previsto para se aproximar do nosso planeta neste sábado, dia 26. O segundo, chamado 2025 OW, fará sua passagem na segunda-feira, dia 28.
Apesar da curiosidade que esses eventos podem gerar, é importante ressaltar que ambos os asteroides não representam qualquer risco à Terra e estão sob monitoramento constante pelos cientistas da NASA.
Entre os dois, o 2025 OW se destaca como o maior, com aproximadamente 64 metros de diâmetro e uma velocidade superior a 75 mil km/h. Sua passagem ocorrerá a uma distância segura de cerca de 630 mil quilômetros da Terra, o que equivale a aproximadamente 1,6 vezes a distância até a Lua.
Por outro lado, o asteroide 2025 OX é menor, medindo cerca de 33 metros e passando a uma distância ainda mais afastada: quase 4,5 milhões de quilômetros.
No total, cinco asteroides de dimensões semelhantes devem cruzar a vizinhança da Terra nos próximos dias. Um terceiro corpo rochoso conhecido como 2018 BE5 também estará se aproximando no dia 28, seguido por outro chamado 2025 OR no dia 31 e ainda o 2019 CO1, que deve ser avistado em agosto.
Todos esses objetos estão sendo monitorados pela NASA e não apresentam ameaças ao nosso planeta. A agência espacial esclarece que essas aproximações são um fenômeno natural dentro do contexto do Sistema Solar.
Para contextualizar, asteroides são formados por rochas, metais e poeira que sobraram após a formação dos planetas. A maioria deles orbita entre Marte e Júpiter; no entanto, alguns acabam se aproximando da Terra com mais frequência do que se imagina.
Embora colisões com pequenos objetos ocorram em média uma vez por década, impactos com asteroides maiores — com diâmetros superiores a 50 metros — são extremamente raros e podem acontecer em intervalos que variam de mil a dez mil anos.
Por sua vez, grandes asteroides capazes de provocar destruição em larga escala são ainda menos comuns, estimando-se que esses eventos ocorram apenas a cada 20 mil anos ou mais.
Como os cientistas acompanham os asteroides?
Os astrônomos têm um bom entendimento sobre as órbitas destes e de outros Asteroides Próximos da Terra (NEO). Esses objetos são definidos como aqueles cujas órbitas se aproximam da Terra e são classificados em diferentes categorias com base em seu comportamento orbital:
- Amors: não cruzam a órbita terrestre e permanecem sempre além do ponto mais distante da Terra.
- Apollos: orbitam mais distantes do Sol do que a Terra, mas se aproximam do Sol mais do que o ponto mais distante da órbita terrestre.
- Atiras: têm órbitas internas à da Terra e não cruzam essa trajetória.
- Atens: orbitam mais perto do Sol do que a Terra e atravessam a região da órbita terrestre.
A NASA investiga minuciosamente as trajetórias desses corpos celestes para prever aproximações e avaliar as probabilidades de impactos. Em um marco histórico para a astronomia, em 2022 foi realizada a missão DART, que desviou um asteroide de sua trajetória a uma distância de cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra.
Ainda segundo dados fornecidos pela NASA, diariamente cerca de cem toneladas de material interplanetário atingem a superfície terrestre; contudo, grande parte desse material consiste em partículas diminutas de poeira oriundas de cometas. Esses corpos celestes são compostos predominantemente por gelo e poeira, diferentemente dos asteroides que são majoritariamente rochosos.
