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Drones lançam milhares de mosquitos no Havaí; entenda!
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Drones lançam milhares de mosquitos no Havaí; entenda!

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Aventuras Na História
06/11/2025 21h17
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No Havaí, cientistas começaram a lançar milhares de mosquitos machos modificados via drones sobre regiões de floresta remota nas ilhas de Maui e Kauaʻi. A iniciativa integra um esforço para frear a propagação da malária aviária, doença transmitida por mosquitos invasores que vem dizimando espécies endêmicas de aves do arquipélago.

Diferente dos mosquitos comuns, os indivíduos soltos não picam — todos são machos — e carregam a bactéria Wolbachia, que impede que eles gerem descendentes virais ao acasalar com fêmeas da população selvagem. Com o tempo, espera-se que o método reduza drasticamente a população de fêmeas capazes de transmitir o parasita da malária aviária, oferecendo um trunfo de sobrevivência para aves como os chamados honeycreepers havaianos.

Drones no Havaí

A escolha dos drones se deve à necessidade de acessar áreas densas de floresta, onde helicópteros eram usados anteriormente, mas com custos maiores e riscos de operação mais elevados. Os drones permitem lançamentos mais frequentes, precisos e com menor impacto logístico. O projeto é coordenado por coalizão de organizações de conservação, que desde 2023 já liberou dezenas de milhões de mosquitos modificados.

Os especialistas afirmam que essa estratégia pode ser a única alternativa viável para salvar as aves nativas, à medida que o aquecimento global permite que os mosquitos invasores avancem para altitudes mais elevadas — território antes livre dessas espécies. Com isso, as aves ficam cada vez mais encurraladas em habitats reduzidos e vulneráveis à doença.

Apesar do otimismo, os pesquisadores reconhecem que ainda não se sabe com precisão qual será o impacto de longo prazo dessa intervenção ecológica. No entanto, enfatizam que, por se tratar de uma espécie invasora e não-nativa, o risco de efeitos colaterais sobre o ecossistema havaiano é considerado mínimo. Caso o método se prove eficaz, poderá servir de modelo para outros ecossistemas ameaçados pela combinação de espécies invasoras e mudanças climáticas.


*Sob supervisão de Fabio Previdelli
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