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Galinhas-d’angola revelam que dinossauros podem ter sido mais lentos do que se pensava
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Galinhas-d’angola revelam que dinossauros podem ter sido mais lentos do que se pensava

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Aventuras Na História
30/06/2025 22h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16552320/original/open-uri20250630-36-1rb2cyx?1751321107
©Getty Images; Divulgação
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O cinema costuma retratar dinossauros como predadores velozes e implacáveis, mas será que eles eram realmente tão rápidos? Um estudo publicado na revista Biology Letters indica que cálculos tradicionais para estimar a velocidade desses répteis podem estar equivocados — e a pesquisa trouxe uma abordagem inusitada para comprovar isso: usou galinhas-d’angola como modelos vivos.

Tradicionalmente, paleontólogos estimam a velocidade dos dinossauros analisando a distância entre pegadas fossilizadas em trilhas. No entanto, cientistas de universidades do Reino Unido, EUA e Brasil testaram a precisão desse método com membros da única linhagem de dinossauros ainda viva: as aves. 

Para isso, fizeram galinhas-d’angola (Numida meleagris) correrem sobre trilhas de lama com diferentes consistências, registrando as pegadas deixadas, as velocidades reais dos animais e utilizando fotogrametria — técnica que mede objetos e ambientes a partir de fotos.

Novos resultados

Ao comparar as velocidades calculadas pelas pegadas com as velocidades reais medidas nos vídeos, os pesquisadores descobriram que o método tradicional superestimava a velocidade das galinhas em até quatro vezes.

Isso reforça a ideia de que cálculos feitos a partir de trilhas de dinossauros não necessariamente refletem a realidade de como eles se moviam.

Registro das pegadas em diferentes condições e solos - Tash L. Prescott/Biology Letters

O estudo também mostrou que o comprimento do passo — usado historicamente como indicador direto de velocidade — não corresponde à aceleração ou desaceleração das aves. 

As gravações revelaram galinhas correndo em velocidades diferentes, mas deixando pegadas com distâncias semelhantes entre elas, desafiando a premissa de que passos mais longos significam maior velocidade.

Outro fator observado foi que, ao contrário do que se supõe, pegadas deixadas em solos mais firmes não indicam necessariamente maior velocidade do animal em comparação a pegadas em solos mais macios. Assim, a pesquisa sugere que muitos dinossauros podem ter sido menos rápidos do que as estimativas clássicas indicam.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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