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Robôs do Google jogam tênis de mesa para aprenderem o esporte sozinhos
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Robôs do Google jogam tênis de mesa para aprenderem o esporte sozinhos

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Aventuras Na História
25/07/2025 20h55
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16568918/original/open-uri20250725-35-q83z93?1753477205
©Reprodução/IEEE Spectrum via Youtube
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Em um centro de pesquisa do Google DeepMind, dois braços robóticos jogam tênis de mesa sem parar. Não há troféus ou recordes em jogo: a disputa simboliza o futuro da robótica.

O projeto busca treinar sistemas de inteligência artificial a aprender de forma contínua, com mínima supervisão humana. Cada jogada representa um avanço, seja na forma de devolver a bola com mais efeito, antecipar movimentos ou reagir a lances inesperados.

O tênis de mesa foi escolhido por exigir um conjunto de habilidades raras entre robôs: percepção visual rápida, controle motor fino, planejamento tático e reação instantânea.

Como descrevem os pesquisadores à revista IEEE Spectrum, trata‑se de um “ambiente restrito, porém altamente dinâmico”, ideal para testar a transferência de aprendizado entre simulações e o mundo físico.

Sobre os robôs

A arquitetura do sistema usa aprendizado por reforço: a cada decisão correta, o robô recebe estímulos positivos. Inicialmente, os braços jogavam ralis cooperativos, apenas tentando manter a bola em jogo.

Depois, passaram a disputar partidas competitivas, simulando diferentes táticas. Porém, surgiu o problema do “esquecimento catastrófico”: ao aprender novas jogadas, o robô se esquecia das antigas, limitando o repertório.

A solução veio ao introduzir humanos no treino. Jogando contra pessoas de diferentes níveis, os robôs foram expostos a uma variedade muito maior de lances e aprenderam a reagir melhor a movimentos imprevisíveis.

Ao final, conseguiram vencer todos os iniciantes e 55% dos jogadores intermediários, embora ainda não superem adversários experientes. 

Um avanço recente veio com a integração do modelo Gemini, IA multimodal do Google, capaz de observar os jogos e sugerir estratégias em linguagem natural. Por meio do “SAS Prompt”, o sistema atua como um técnico virtual, indicando ajustes como “tente um saque mais fraco” ou “mire mais próximo da linha lateral”.

O objetivo vai muito além do tênis de mesa: trata‑se de um laboratório para criar robôs capazes de aprender e se adaptar sozinhos a ambientes complexos, sem depender de dados rotulados manualmente. Uma promessa para fábricas, hospitais e casas, em um futuro em que máquinas aprendem como humanos — jogada a jogada.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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