Raio recorde atinge distância entre São Paulo e Porto Alegre
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Um raio percorreu a notável distância de 829 quilômetros, equivalente à trajetória entre Porto Alegre e São Paulo, marcando um novo recorde mundial para o relâmpago mais longo já registrado. O fato foi revelado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que anunciou o "megaflash" ocorrido em outubro de 2017 e que se estendeu do Leste do Texas até próximo de Kansas City, nos Estados Unidos.
O fenômeno só foi oficialmente reconhecido recentemente, graças ao avanço tecnológico que permitiu a reanálise de imagens da tempestade na qual o raio ocorreu. Sensores do satélite GOES-16, operado pela americana Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), identificaram o raio de proporções extraordinárias que ultrapassou em 61 quilômetros o recorde anterior, registrado também nos EUA em abril de 2020.
De acordo com a OMM, os megaflashes, como são conhecidos esses eventos, são comuns em tempestades convectivas de mesoescala, manifestações gigantescas e complexas que se formam sobretudo nas Grandes Planícies da América do Norte, uma região caracterizada por uma intensa atividade elétrica. Os cientistas alertam que, apesar de proporcionarem um espetáculo natural, os raios representam um grande perigo, sendo responsáveis por centenas de mortes anualmente em todo o mundo.
A duração dos relâmpagos também é monitorada, com o atual registro pertencendo a um raio que se estendeu por 17,1 segundos e foi observado em 2020 sobre o Uruguai e Norte da Argentina. Segundo especialistas, os megaflashes representam uma ameaça pouco conhecida, já que os raios podem surgir a grandes distâncias das tempestades visíveis, podendo atingir áreas a centenas de quilômetros de distância em questão de segundos.
Estados Unidos, Europa e China têm investido em satélites equipados com sensores para rastreamento de raios, permitido a detecção e o mapeamento mais preciso da atividade elétrica na atmosfera em tempo real e ampla cobertura, facilitando a compreensão de fenômenos extremos que antes não eram observados.
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