Duolingo lança 148 novos cursos de idiomas com ajuda de IA generativa

Tecmundo






O Duolingo anunciou, nesta quarta-feira (30), uma expansão que acrescenta 148 novos cursos de idiomas ao aplicativo. A plataforma passa a disponibilizar oficialmente as oito línguas mais populares do mundo em todos os 28 idiomas disponíveis. O movimento faz parte de uma maior adoção de inteligência artificial (IA) generativa pelo app.
A empresa ressalta que essa é a maior expansão de conteúdo da história do Duolingo. Em um comunicado, Luis von Ahn, CEO e cofundador da companhia, diz que eles demoraram “cerca de 12 anos para desenvolver os nossos primeiros 100 cursos, e agora, em aproximadamente um ano, conseguimos criar e lançar quase 150 cursos novos”.
Na prática, o que muda é justamente a disponibilidade de cursos específicos para mais idiomas:
- Na América Latina, falantes de português e espanhol contarão com cursos oficiais de japonês, coreano e mandarim;
- Na Europa, falantes de 15 línguas europeias contarão com cursos de japonês, coreano, mandarim e mais idiomas;
- Na Ásia, falantes de japonês, coreano, mandarim, vietnamita, indonésio, tailandês, tagalo, híndi, bengali, telugu e tâmil terão disponíveis os sete idiomas mais populares depois do inglês (espanhol, francês, alemão, italiano, japonês, coreano e mandarim).
De acordo com o Duolingo, a maior oferta de cursos oficiais também faz parte dos pedidos frequentes dos usuários nas redes sociais. A plataforma diz que, no Brasil, o número de alunos de coreano aumentou 105%, e o de alunos de japonês aumentou 120% nos últimos dois anos.
Os novos cursos trazem conteúdo iniciante (níveis A1 e A2 do CEFR), Histórias e a DuoRádio. Segundo o Duolingo, conteúdos mais avançados serão lançados ao longo de 2025.
Duolingo agora tem IA em primeiro lugar
Quem lidera a disponibilidade de mais cursos em novos idiomas é o uso da IA generativa no Duolingo. Para o CEO von Ahn, esse é um exemplo “de como a IA generativa pode beneficiar diretamente os nossos alunos”.
A rápida escalabilidade, que reduz um período de anos para poucos meses no desenvolvimento de um novo curso, inclui o uso de IA, sistemas de conteúdo compartilhados — que consiste na criação de um curso-base que pode ser personalizado para outros idiomas — e outras “ferramentas internas” da companhia.
Na última segunda-feira (28), von Ahn anunciou que o Duolingo passará a ser uma empresa que prioriza o uso de inteligência artificial. Em um memorando enviado aos funcionários por e-mail, ele disse que a IA “já está mudando a forma como o trabalho é feito” e que isso não se trata apenas de “um aumento de produtividade”. “Quando há uma mudança tão grande, a pior coisa a fazer é esperar”, afirma o CEO.
Com a adoção da IA generativa, o Duolingo afirma que a possibilidade de atender melhor o público com novos cursos acontece de forma mais rápida e escalável.
Entre as mudanças que a empresa fará a partir da nova estratégia, o Duolingo encerrará gradualmente os contratos com terceirizados para trabalhos que a IA pode fazer. As contratações também terão o uso de IA como parte de exigências ou diferenciais, por exemplo.
No comunicado, o CEO ainda ressaltou que “o Duolingo continuará sendo uma empresa que se preocupa profundamente com seus funcionários” e que isso não se trata de substituir as pessoas pela IA, mas sim de “remover gargalos” na oferta dos serviços.
Atualmente, o Duolingo já utiliza IA generativa no recurso de chamadas de vídeo com a personagem Lily. Ele é capaz de lembrar de tópicos já debatidos e ajuda os usuários a praticar a conversação.


