Huawei tem pedido negado e deve encarar julgamento nos EUA em 2026

Tecmundo






A Huawei deve ir a julgamento nos Estados Unidos após ter o pedido para encerrar a maior parte das acusações federais contra ela negado pela juíza Distrital Ann Donnelly, na terça-feira (1º). O processo foi iniciado em 2018, durante o primeiro mandato de Donald Trump como presidente.
Na solicitação para arquivar o caso enviada ao tribunal, a gigante chinesa se declarou inocente e tentou encerrar 13 das 16 acusações sofridas, alegando que elas eram vagas demais. Porém, a magistrada comentou, em sua decisão, sobre a existência de provas suficientes para a que empresa vá ao banco dos réus.
Quais são as acusações contra a Huawei?
Conforme a ação movida pelo governo dos EUA desde o final da década passada, a big tech teria tentado roubar segredos comerciais de concorrentes sediadas no país. Ela estaria em busca de novas tecnologias para usar no desenvolvimento de seus próprios produtos.
- A companhia asiática também é acusada de envolvimento em extorsão com o objetivo de expandir a presença da marca;
- Entre outras acusações, as autoridades afirmam que a empresa cometeu fraude bancária ao esconder sua atuação no Irã;
- A Huawei supostamente controla a Skycom, uma empresa sediada em Hong Kong que tinha negócios no território iraniano;
- Os promotores alegam que a Skycom é uma subsidiária da Huawei, tendo se beneficiado de transferências acima de US$ 100 milhões (R$ 545 milhões pela cotação atual);
- Essas operações foram feitas a partir do sistema financeiro dos EUA em meio às sanções contra o Irã.
O caso levou à prisão da diretora financeira da empresa chinesa, Meng Wanzhou , por três anos. Ela foi detida no Canadá e enfrentou restrições até que as acusações fossem rejeitadas pela justiça dos EUA, em 2022, após um pedido do governo de Joe Biden.
De acordo com a Reuters, o julgamento da Huawei pela justiça americana está marcado para começar no dia 4 de maio de 2026. A análise do caso pode demorar vários meses para ser concluída.

Empresa que fez remessas ilegais para a Huawei faz acordo
Acusada de violar regulamentos de exportação fazendo remessas ilegais para a Huawei, a Alpha and Omega Semiconductor Limited (AOS) fez acordo com o Departamento de Comércio dos EUA nesta terça-feira (2). Ela vai pagar US$ 4,25 milhões (pouco mais de R$ 23 milhões) em multa para encerrar o caso.
Em 2019, a empresa americana enviou mais de 1,6 mil equipamentos para a companhia chinesa, entre controladores de energia e outros acessórios, sem autorização. Naquele mesmo ano, a Huawei passou a integrar uma lista comercial restrita dos EUA.
Como justificativa para a restrição à marca estrangeira, o governo norte-americano citou preocupações com a segurança nacional. A Huawei, por sua vez, nega que represente qualquer tipo de ameaça ao país.
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