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Alimentação intuitiva com crianças: é para todo mundo?
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Alimentação intuitiva com crianças: é para todo mundo?

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Anamaria
13/09/2025 18h00
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© Crédito: FreePik
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Muitas vezes, durante uma refeição, mesmo após estarmos satisfeitas, “limpamos o prato” por costume, o que nos deixa bastante desconfortáveis depois. Sensação de estômago cheio, moleza e sonolência são os principais sintomas disso. 

E, assim como nós, as crianças também podem se sentir satisfeitas antes do prato ficar vazio – e isso precisa ser respeitado.

A alimentação intuitiva ainda é um tema novo para muitas pessoas. Essa abordagem consiste em respeitar as necessidades da criança na hora das refeições, sem impor regras rígidas ou forçar o consumo. 

Mas isso é diferente de deixar os pequenos escolherem as próprias refeições e comerem apenas quando quiserem. A responsabilidade dos pais é oferecer opções de qualidade – e o papel da criança é escolher o que (e o quanto) comer dentro das opções oferecidas!

É para todo mundo?

A alimentação intuitiva funciona bem para a maioria das crianças, especialmente as consideradas típicas, que conseguem se conectar com os sinais do corpo. Para crianças neurodivergentes, como as que têm Transtorno do Espectro Autista (TEA), o caminho pode ser mais desafiador. Essas crianças tendem a ser mais seletivas em relação a sabores, texturas e cores, o que limita a variedade e pode afetar a nutrição.

Nesses casos, os cuidadores precisam assumir papel ativo na escolha dos alimentos. “É importante garantir que as opções sejam variadas e nutritivas, respeitando as limitações da criança”, diz Danielle Andrade, nutricionista infantil do Meu Nutri em entrevista à AnaMaria. Com paciência e criatividade, a alimentação intuitiva pode ser adaptada para diversos perfis.

Alimentação intuitiva
Alimentação intuitiva: é para todo mundo? – Crédito: FreePik

Pilares da alimentação intuitiva

Um dos pilares da alimentação intuitiva é entender que a criança sabe, melhor que qualquer adulto, o quanto precisa comer. Forçar a terminar o prato, mesmo que a porção pareça pequena, não faz sentido. Essa confiança no apetite natural evita que a criança cresça com ansiedade ou culpa em relação à comida.

“Em certos períodos, a criança pode preferir mais proteínas, pois está em fase de crescimento e precisa construir novas células. Em outras semanas, pode buscar mais carboidratos, que armazenam energia para estirões de crescimento ou ganho de peso”, explica a especialista. 

Além disso, a criança não precisa comer grandes quantidades a cada refeição para estar bem nutrida. Muitas vezes, ela come um pouco em uma refeição e compensa na seguinte. Por isso, os pais devem observar a alimentação da criança no conjunto, não apenas em uma única refeição ou dia.

“Se limpar o prato, ganha sobremesa!”

Danielle alerta para os perigos das chantagens e pressões para comer mais. Recompensas ou ameaças podem prejudicar a relação natural com a comida, tornando as refeições fonte de ansiedade e conflito. A criança deve sentir prazer e segurança ao se alimentar.

Além disso, o ambiente das refeições faz diferença. “Um local tranquilo, sem distrações, ajuda a criança a se conectar com sua fome e saciedade”, acrescenta Danielle.

Outro ponto importante é o horário e a qualidade do que é oferecido. Por exemplo, evitar doces à noite porque podem prejudicar o sono da criança é uma regra que ajuda a manter o equilíbrio sem gerar conflito.

Por onde começar?

Para quem quer começar a aplicar a alimentação intuitiva, a nutricionista aponta o caminho: 

  • Respeite a divisão de responsabilidades: o cuidador define o quê, quando e onde será oferecido; a criança decide o quanto e se vai comer.
  • Evite chantagens e ameaças: nunca use a comida como moeda de troca para recompensas ou punições.
  • Sirva porções pequenas no início e só reponha se a criança pedir.
  • Não esconda alimentos nos preparos; isso pode gerar rejeição e desconfiança.
  • Crie um ambiente tranquilo para as refeições, com foco no momento.
  • Seja paciente com rejeições e preferências seletivas.
  • Inclua a criança no preparo dos alimentos para despertar interesse.
  • Estabeleça regras claras para alimentos menos saudáveis, limitando-os a momentos específicos.

A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (22 de agosto). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.

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Leia a matéria original aqui.

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