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Cães terapeutas: entenda o papel dos cães de assistência
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Cães terapeutas: entenda o papel dos cães de assistência

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Anamaria
21/11/2025 18h00
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Cães e humanos possuem uma relação de longa data, talvez a amizade mais sincera que já existiu no mundo. Mas essa “função” pode ir além. Em alguns hospitais, escolas e residências, eles atuam como verdadeiros agentes de saúde, auxiliando pessoas com diferentes condições clínicas e emocionais.

De acordo com estudos publicados na revista Frontiers in Veterinary Science, cães de assistência e alerta médico contribuem para reduzir sintomas de ansiedade, depressão e estresse, além de melhorar a qualidade de vida de pacientes com autismo, epilepsia, diabetes e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

“Pacientes com quadros de transtornos apresentam melhora em parâmetros neuroendócrinos, com redução do cortisol e aumento da ocitocina após sessões com cães. No caso de Transtorno do Estresse Pós-Traumático, cães de suporte emocional contribuem para reduzir pesadelos, crises de ansiedade e isolamento social”, exemplifica o psiquiatra Gilson Hiroshi Yagi.

Como funciona a terapia com animais?

A terapia assistida por cães é planejada de acordo com o perfil e a necessidade do paciente. Pode ocorrer em ambiente clínico, hospitalar ou domiciliar, com acompanhamento profissional. Os animais passam por treinamento rigoroso, que inclui socialização, comandos de obediência e respostas específicas a estímulos – desde pressões fisiológicas até comportamentos emocionais.

No caso de crianças com autismo, por exemplo, o cão é treinado para prever e conter crises, atuar como ponto de ancoragem e promover conforto sensorial. 

Já em quadros de diabetes, os cães detectam variações sutis no odor corporal que indicam hipoglicemia.

“É comum encontrarmos crianças com autismo com altos níveis de ansiedade e frustrações. Nesse cenário entra o apoio do cão de assistência médica, que prevê crises e auxilia no controle de possíveis surtos e complicações”, explica o treinador Glauco Lima.

Apoio essencial para o autismo

Um estudo recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que uma em cada 31 crianças de 8 anos tem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Aplicando a proporção à população brasileira, isso representaria quase seis milhões de pessoas com o transtorno.

Entre as técnicas utilizadas nessas crianças, a ancoragem é uma das mais eficazes. “O animal usa um colete com uma guia presa à cintura da criança. Quando ela tenta fugir, o cão deita e faz o travamento, impedindo que se afaste. Isso oferece segurança e tranquilidade às famílias, evitando acidentes e situações de risco.”

Além da segurança física, os cães estimulam a comunicação e reduzem o isolamento social. “O animal passa a ser um agente de saúde em serviço que tem a função de minimizar as crises e evitar que se prolonguem. Ele promove a inclusão de forma mais leve e segura”, acrescenta Glauco.

Companheiros que salvam vidas

Nos Estados Unidos, a Assistance Dogs International registrou mais de 24 mil cães de serviço ativos apenas em 2023. Cerca de 48% atuam com pessoas de mobilidade reduzida, enquanto outros são treinados para autismo, epilepsia e suporte emocional.

Cães podem desempenhar papel terapêutico. Foto: FreePik
Cães podem desempenhar papel terapêutico. Foto: FreePik

No Brasil, a aplicação ainda é restrita, mas crescente. “Já treinamos cães para alerta diabético, epilepsia e cardiopatias. Há também cães e gatos voltados para conforto emocional, principalmente em crianças com ansiedade ou depressão”, afirma o treinador.

Quem pode se beneficiar de um “cão terapeuta”:

  • Pessoas com autismo ou deficiência intelectual;
  • Pacientes com epilepsia ou diabetes tipo 1;
  • Pessoas com Transtorno do Estresse Pós-Traumático, ansiedade ou depressão;
  • Idosos com mobilidade reduzida ou solidão.

Além dos efeitos fisiológicos, como redução de batimentos cardíacos e pressão arterial, a presença do animal reforça o senso de pertencimento e segurança, reduz o isolamento social e estimula habilidades emocionais, especialmente em crianças.

A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1493, de 31 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.

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