Alerta tendência: o que é o maximalismo e como utilizá-lo na decoração?
Bons Fluidos

Depois de anos em que o minimalismo reinou nas casas – com paredes claras, poucos objetos e a famosa ideia de que “menos é mais” – uma nova onda tomou conta da decoração: o maximalismo. Colorido, cheio de camadas, com mistura de referências e muita personalidade, esse estilo vem conquistando quem quer que a casa conte histórias, e não apenas pareça um cenário neutro. Mais do que encher o ambiente de coisas, o maximalismo verdadeiro é sobre excesso com propósito. Cada objeto, estampa e cor tem uma razão de estar ali.
O que é, afinal, o maximalismo?
Se o minimalismo prega a limpeza visual, a economia de elementos e uma paleta contida, o maximalismo segue pelo caminho oposto, abraçando a abundância. É um estilo que combina cores intensas, estampas variadas, texturas ricas, mobiliário cheio de presença e muitos objetos decorativos.
Mas isso não significa bagunça. Um ambiente maximalista bem feito é cuidadosamente pensado. A composição pode ser vibrante e cheia de camadas, mas ainda assim harmônica. A ideia é que o espaço reflita a vida de quem mora ali: suas memórias, viagens, coleções, preferências e afetos. Em vez de esconder quadros, livros e lembranças, esse estilo convida você a colocar tudo em cena de forma intencional.
Como trazer o maximalismo para a sua casa?
A beleza do maximalismo é que ele não exige que tudo seja feito de uma vez. É um estilo que se constrói com o tempo, conforme você vai encontrando peças, ajustando cores e entendendo o que faz sentido para a sua história. Alguns caminhos possíveis:
1. Comece pela cor
Paletas intensas como verde-esmeralda, azul profundo, vinho, terracota e amarelo queimado criam impacto imediato e sensação de aconchego. Em vez de usar cor só em pequenos detalhes, o maximalismo não tem medo de aplicá-las em paredes, tapetes, estofados e marcenaria. Uma forma equilibrada de começar é definir um tom protagonista e repetir esse mesmo tom em pontos diferentes do espaço (almofadas, quadros, adornos) criando unidade visual, mesmo com muita informação.
Escolha um ambiente para ousar mais – pode ser a sala, um quarto, o hall de entrada ou até o lavabo. Pinte as paredes com um tom intenso ou aposte em um papel de parede marcante. A partir daí, vá adicionando outros itens que dialoguem com essa paleta.
2. Misture texturas e estampas
Veludo com linho, madeira com metal, listras com flores, geométricos com animal print: no maximalismo, a mistura é bem-vinda. O segredo está em criar diálogos entre os elementos, seja pela cor, pela escala dos padrões ou pela repetição de algum detalhe. Você pode, por exemplo, combinar um papel de parede marcante com cortinas estampadas em desenho menor, tapete com patchwork e almofadas de diferentes tecidos. Quando a paleta conversa, a mistura ganha coesão.
3. Use o tapete como “âncora”
Um tapete colorido ou com desenho vibrante pode funcionar como ponto de partida para todo o restante da decoração. As cores presentes nele podem se repetir em estofados, cortinas, luminárias e objetos.
4. Brinque com a iluminação
Lustres esculturais, luminárias marcantes, abajures diferentes e até peças de vidro colorido ajudam a reforçar o clima maximalista. A luz também pode criar uma atmosfera teatral ou acolhedora, dependendo da proposta.
5. Invista em objetos com história
Mais do que “encher” estantes, o maximalismo valoriza peças que carregam memórias: livros amados, lembranças de viagem, móveis de família, itens garimpados em brechós e feiras de antiguidades. Prateleiras, nichos e aparadores se tornam mini galerias afetivas, com esculturas, fotos, quadros e coleções expostos de forma intencional, como se cada cantinho contasse um pedaço da sua trajetória.
Um estilo que se constrói junto com você
A grande magia da decoração maximalista é que ela não pede perfeição, mas personalidade. Isso acontece conforme você encontra peças que ama, reorganiza memórias, traz novas camadas e, de vez em quando, troca o que já não faz mais sentido. Em um mundo que nos pede tanto filtro, contenção e padrão, o maximalismo surge como um convite: ocupar os espaços com cor, humor, afetos e liberdade criativa. No fim das contas, é menos sobre seguir uma tendência e mais sobre permitir que a sua casa seja, sem medo, um reflexo de quem você é.
