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Cães podem ser autistas? Veja o que diz a Ciência Animal
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Cães podem ser autistas? Veja o que diz a Ciência Animal

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Bons Fluidos
21/11/2025 14h30
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Enquanto cada vez mais pessoas compreendem o que é neurodiversidade e se identificam com diagnósticos diversos, como autismo e TDAH, muitas também afirmam perceber sinais semelhantes no comportamento de seus pets. Mas, afinal, segundo a Ciência Animal, cães também podem ser autistas?

Estudos analisam o cérebro dos cães

Em um artigo publicado no ‘The Conversation’, a especialista Jacqueline Boyd explicou que, assim como acontece com os seres humanos, existe a possibilidade de cachorros apresentarem variações na forma como se comportam e na maneira como suas mentes funcionam. Há, inclusive, estudos que sustentam essa hipótese. Um exemplo é uma pesquisa focada na análise de cães da raça Beagle.

Nesse levantamento, os pesquisadores identificaram uma mutação no gene Shank3, associado ao autismo em humanos. Além disso, de forma semelhante ao que ocorre com pessoas autistas, esses animais demonstraram pouco interesse em interações sociais. Também foram constatados baixos níveis de atividade neural em regiões do cérebro relacionadas à atenção.

“A mutação Shank3 pode, portanto, resultar em comprometimento do processamento e da sinalização neural, limitando as interações sociais espontâneas e o vínculo entre cães e pessoas. Múltiplos fatores, contudo, estão envolvidos no desenvolvimento do cérebro e do comportamento”, explicou a especialista.

De acordo com Boyd, outro ponto que reforça a ideia de neurodiversidade em pets é o fato de muitos apresentarem ações impulsivas, o que levanta a hipótese de um diagnóstico de TDAH. “Esse fenômeno em cães também está ligado a baixos níveis dos neurotransmissores serotonina e dopamina. A serotonina é importante para a estabilidade emocional, enquanto a dopamina auxilia na concentração”, esclarece.

Entretanto, a profissional ressalta que ainda são necessários métodos mais eficazes para identificar essas condições em animais. Isso porque, atualmente, a maioria das pesquisas se baseia nas informações fornecidas pelos tutores. Mesmo assim, ela acredita que, com a análise adequada, será possível desenvolver treinamentos que facilitem a vida dos pets neurodiversos.

*Leia também: Cientistas descobrem que cachorros também podem ter TDAH; saiba mais

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