Café pode ajudar a combater o câncer de próstata; veja o que diz estudo

Pesquisadores brasileiros acabam de fazer uma descoberta surpreendente: o café pode atuar contra as células tumorais do câncer de próstata. O estudo, desenvolvido pela Faculdade de Nutrição da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi reconhecido no Congresso Ganepão 2025, um dos mais importantes eventos científicos da área no país.

“Esperamos contribuir para o desenvolvimento de alimentos funcionais ou suplementos que possam ser utilizados como estratégia complementar na prevenção ou tratamento da doença”, disse o professor do Departamento de Nutrição e Dietética da UFF, Anderson Junger Teodoro, em comunicado.

Café no combate ao câncer

Com o auxílio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), da Embrapa Rondônia e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os pesquisadores analisaram diferentes extrações e tipos de torra. Assim, constataram que, com o preparo correto, o café pode se tornar um método de intervenção contra tumores.

Segundo o levantamento, nos testes laboratoriais, a bebida se mostrou capaz de impedir a multiplicação das células cancerígenas, evitando a progressão da doença. Isso ocorreu devido aos compostos bioativos presentes nos grãos, como polifenóis, ácidos clorogênicos e cafeína. “Esses componentes apresentam propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e, como nosso estudo aponta, potencial citotóxico em estruturas associadas à enfermidade”, explicou Teodoro.

Essa ação de combate, contudo, varia de acordo com o método de extração, o modo de preparo e o tipo de café. Para os estudiosos, os efeitos distintos “reforçam a importância de otimizar os processos para maximizar a eficácia dos compostos bioativos presentes”. Dessa forma, eles acreditam que, no futuro, a bebida poderá fazer parte não somente do tratamento do câncer, como de outras doenças crônicas.

“No entanto, é importante lembrar que os efeitos observados ocorreram em ambiente laboratorial. Por isso, mais pesquisas são necessárias para comprovar esses benefícios em humanos”, ressaltou o pesquisador.

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