Harvard revela método para prevenir diabetes tipo 2; confira

Pesquisadores da Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan descobriram que a adoção da dieta mediterrânea, com poucas calorias e rica em gorduras saudáveis, aliada à prática regular de exercícios físicos, pode reduzir o risco de diabetes tipo 2.

“Nosso estudo mostra que mudanças modestas e sustentadas no cardápio e no estilo de vida poderiam prevenir milhões de casos da doença em todo o mundo”, disse o coautor Frank Hu, em entrevista à ‘CNN’. 

Proteção contra a diabetes tipo 2

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, que está relacionada ao sobrepeso e ao sedentarismo. Por este motivo, a fim de encontrar meios para barrar o desenvolvimento da enfermidade, estudiosos focam em analisar diferentes tipos de alimentações.

Este foi o caso da pesquisa publicada na revista ‘Annals of Internal Medicine’. Para o levantamento, os especialistas contaram com dados de 6.874 participantes. Esses voluntários, com idades entre 55 e 75 anos, apresentavam índices de massa corporal (IMC) que indicavam sobrepeso e obesidade severa. No experimento, então, eles foram induzidos a aderir a dieta mediterrânea e se exercitarem.

O estudo constatou, por fim, que aqueles que controlaram a alimentação e praticaram atividades físicas moderadas diariamente tiveram um risco 31% menor de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação às pessoas que apenas seguiram o cardápio indicado.

Além disso, esses participantes conseguiram reduzir o percentual de gordura corporal e, principalmente, abdominal), melhorando o IMC. “O estudo mostrou que não é apenas a perda de peso, mas também a melhora na composição corporal que pode ter contribuído para a redução no risco de diabetes”, apontou Hu.

Quais fatores influenciaram a redução do risco?

Nenhum dos voluntários possuíam o diagnóstico de diabetes tipo 2. No entanto, eles sofriam de síndrome metabólica, condição que ocasiona a resistência à insulina, podendo levar ao desenvolvimento da enfermidade. Após o experimento, contudo, os participantes conseguiram reverter o quadro de saúde.

Para isso, eles reduziram 600 calorias do cardápio diário e limitaram o consumo de açúcar, pães, carnes processadas, manteiga e alimentos ultraprocessados. Além disso, os pesquisadores definiram que a dieta deveria conter de 35% a 40% de gorduras saudáveis, de 40% a 45% de carboidratos saudáveis e 20% de proteínas.

Já a rotina de exercícios incluía 45 minutos de atividades aeróbicas diárias, associadas a treinos de força, flexibilidade e equilíbrio. Os especialistas recomendavam a prática de atividades físicas pelo menos seis vezes por semana. O grupo também contou com o acompanhamento de nutricionistas.