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Quais são os perigos do autodiagnóstico pela internet?
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Quais são os perigos do autodiagnóstico pela internet?

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Bons Fluidos
26/05/2025 18h03
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© Reprodução: Canva/franckreporter
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Nos últimos anos, o crescente acesso a conteúdos sobre saúde mental na Internet tem contribuído para a quebra de tabus e o aumento da conscientização sobre o tema. No entanto, este fato também deu espaço para uma maior quantidade de autodiagnósticos. Trata-se da prática em que a pessoa se identifica, por conta própria, com algum transtorno com base em informações disponíveis online, sem consultar um especialista.

Essa busca por respostas, muitas vezes, surge da tentativa de compreender sintomas que causam sofrimento. Apesar disso, o autodiagnóstico esconde prejuízos significativos para as pessoas.

Quais são os riscos do autodiagnóstico?

Os maiores perigos da prática estão relacionados à automedicação. Afinal, medicamentos psiquiátricos exigem prescrição e acompanhamento profissional, justamente por apresentarem efeitos colaterais diversos e risco de dependência. Escolher administrar remédios por conta própria pode agravar o quadro clínico ou gerar novos problemas .

Além disso, o autodiagnóstico pode levar a conclusões equivocadas: muitos sintomas podem estar presentes em diferentes transtornos . Sem a avaliação de um especialista que considere seu histórico de vida, intensidade e duração dos sintomas, é comum o erro na identificação do problema real.

A ocorrência simultânea de dois ou mais transtornos também é um fator relevante. Uma pessoa leiga, ao focar em apenas um conjunto limitado de sintomas, tende a ignorar essa possibilidade. Assim, a eficácia de qualquer tratamento pode ser prejudicada.

Qual é o papel das redes sociais?

Um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica, publicado pela revista PLOS One, analisou os 100 vídeos mais populares do TikTok sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). De acordo com a pesquisa, pelo menos metade das informações apresentadas são verdadeiras, mas levam a uma crescente quantidade de autodiagnósticos. 

Como resultado, é apontado que muitas desinformações podem passar batidas pelas pessoas leigas no assunto. Isso leva à supervalorização da prevalência do transtorno, além da banalização de sintomas que exigem atenção especializada.

Como usar informações de forma segura?

Consumir conteúdos sobre saúde mental não é um problema. Pelo contrário, pode ajudar na identificação de sinais e sintomas e, até mesmo, incentivar a busca por ajuda. O importante é não substituir o papel dos profissionais por conteúdos da Internet. Anotar sintomas, entender seu impacto e compartilhá-los com psicólogos ou psiquiatras é o caminho mais seguro. A Internet pode ser uma ótima aliada na democratização do assunto, desde que usada com responsabilidade.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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