Quase um terço dos brasileiros têm burnout, segundo pesquisa; saiba os sinais de alerta
Bons Fluidos

A síndrome de burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional que nasce do acúmulo de estresse crônico no ambiente de trabalho. Seus efeitos ultrapassam o campo profissional e afetam de forma significativa a vida pessoal e social.
De acordo com uma pesquisa realizada no fim de 2023 pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), 32% dos brasileiros sofrem de burnout e 72% se sentem estressados no trabalho. O estudo revela ainda que o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de países com mais pessoas estressadas, depressivas e ansiosas.
Profissões mais vulneráveis
Embora qualquer trabalhador possa ser afetado, alguns grupos apresentam maior risco: profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos), que convivem com alta carga de responsabilidades e contato diário com sofrimento humano; professores que enfrentam longas jornadas, pressão por resultados e desgaste emocional; policiais e bombeiros que lidam com risco constante, situações traumáticas e rotinas exaustivas; assistentes sociais, que acompanham realidades dolorosas e demandas emocionais intensas; e jornalistas, que vivem sob prazos apertados, contato frequente com notícias negativas e pressão constante.
Mesmo assim, vale lembrar: qualquer profissão pode ser afetada, se o ambiente for desgastante e exigir mais do que a pessoa consegue suportar.
Sinais de alerta
Ficar atento aos sintomas é fundamental para identificar o burnout:
- Exaustão física e mental: cansaço extremo, indisposição e falta de energia;
- Desmotivação e cinismo: perda de interesse pelo trabalho e sensação de inutilidade;
- Dificuldade de concentração e memória: esquecimentos e problemas para tomar decisões;
- Irritabilidade e alterações de humor: impaciência, explosões de raiva e instabilidade emocional;
- Dores físicas: dores musculares, de cabeça, problemas gastrointestinais e outros sintomas sem causa aparente.
Prevenção e autocuidado
A boa notícia é que algumas atitudes podem ajudar a prevenir o esgotamento:
- Estabeleça limites: respeite horários de trabalho e evite levar tarefas para casa;
- Cuide da alimentação: prefira refeições equilibradas e evite excesso de cafeína e álcool;
- Pratique atividades físicas: exercícios regulares reduzem o estresse e fortalecem o bem-estar;
- Cultive hobbies: dedique tempo a atividades prazerosas que ajudem a relaxar;
- Mantenha vínculos sociais: conversar e estar perto de amigos e familiares é essencial;
- Busque ajuda profissional: psicólogos e psiquiatras podem orientar o tratamento adequado.
Papel das organizações
O cuidado com o burnout não deve ser responsabilidade apenas do indivíduo. É fundamental que as empresas e instituições invistam em ambientes de trabalho saudáveis, oferecendo apoio emocional, programas de prevenção ao estresse e valorização de seus colaboradores.
Lembre-se: sua saúde mental é tão importante quanto sua saúde física. Priorizar o bem-estar não é luxo, é necessidade.

