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Música e consciência social: entenda todas as mensagens do vídeo de "Set Free", de Diarra Sylla
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Música e consciência social: entenda todas as mensagens do vídeo de "Set Free", de Diarra Sylla

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ICARO Media Group
22/01/2022 11h17
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https://timnews.com.br/system/images/photos/14853927/original/diarra_clipe?1642854212
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Há quase um ano, em fevereiro de 2021, Diarra Sylla inaugurou sua carreira solo com o lançamento de seu primeiro single, Set Free. O vídeo, dirigido pela atriz Meagan Good, foi inspirado nos conflitos raciais nos Estados Unidos após o assassinato de George Floyd por um policial na cidade de Minneapolis, em maio de 2020.

Diarra Sylla tem um encontro marcado no TIM NEWS em uma live no dia 26/01 às 19h. Não perca!

Diarra conta que "ao crescer no Senegal, eu não tinha a menor ideia de que em outros lugares do mundo as pessoas estavam sendo perseguidas, assassinadas, aterrorizadas, agredidas… por causa da cor da pele". A cantora, que atualmente mora em Los Angeles, afirma que pretende "educar meus seguidores sobre o que está acontecendo nos Estados Unidos quanto à discriminação racial".

O vídeo de Set Free traz várias referências aos acontecimentos que agitaram os Estados Unidos e o mundo em 2020. A violência policial e o movimento negro organizado aparecem intercalados a cenas com figurinos e cenários inspirados na cultura senegalesa.

A primeira referência é ao Black Panther Party (Partido da Pantera Negra, em tradução livre). Foi fundado em 1966 na Califórnia por estudantes negros, como uma resposta à brutalidade policial dirigida à comunidade. Além de vigiar a atividade policial nas cidades americanas, com patrulhas de seus membros usando uniformes militares, os Black Panthers criaram programas de distribuição de alimentos e clínicas em comunidades carentes. O partido chegou a ter mais de 5 mil inscritos mas foi dissolvido em 1982.

Diarra também aparece no vídeo caracterizada como Shirley Chisholm, a primeira mulher negra eleita para o Congresso americano. Representante da cidade de Nova York, Chisholm exerceu sete mandatos entre 1969 e 1983 e foi pré-candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata em 1972. 

A auxiliar de enfermagem Breonna Taylor estava em seu apartamento em Louisville, Kentucky,  com o namorado quando a polícia o invadiu, sem aviso. Os policiais dispararam mais de 30 tiros e Breonna foi atingida seis vezes. Um dos policiais foi demitido mas nenhum foi julgado por sua morte. Já Ahmaud Arbery estava praticando jogging em Glynn County, Georgia, quando foi perseguido e assassinado por três supremacistas brancos. Apesar da relutância das autoridades locais, os três foram presos, julgados e condenados à prisão perpétua.

A frase que encerra o vídeo, "Only the strong go crazy. The weak just go along" (Só os fortes enlouquecem. Os fracos apenas vão junto), é de Assata Shakur, ex-membro do Black Liberation Army (Exército de Libertação Negra, em tradução livre), uma organização revolucionária ativa nos Estados Unidos entre 1970 e 1981. Julgada pela morte de um policial em Nova Jersey em 1973, foi condenada por um júri formado exclusivamente por pessoas brancas. Shakur fugiu da prisão seis anos depois e ainda é procurada pelo FBI.

Diarra Sylla tem um encontro marcado no TIM NEWS em uma live no dia 26/01 às 19h. Não perca!

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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