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Setembro Lilás: campanha convida a se informar sobre Alzheimer
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Setembro Lilás: campanha convida a se informar sobre Alzheimer

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09/09/2025 19h17
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©Divulgação
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A campanha Setembro Lilás 2025 convida a sociedade ao debate e incentiva a perguntar sobre Alzheimer e demência. A proposta é abrir espaço para o diálogo, desfazer preconceitos e ampliar o acesso à informação sobre uma condição que afeta mais de 2 milhões de pessoas no Brasil e 55 milhões no mundo. Um novo estudo publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas reforça a urgência desse debate. A pesquisa mostra que quase 60% dos casos de demência no País poderiam potencialmente ser evitados ou adiados com o controle de fatores de risco conhecidos, especialmente baixa escolaridade na juventude, perda de visão não tratada na velhice e depressão na meia-idade.

A Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz) realiza a campanha no Brasil, em alinhamento com a mobilização global da Alzheimer Disease International (ADI). Com quase três décadas de atuação, a Febraz trabalha na articulação de políticas públicas e no fortalecimento de uma rede de associações que oferecem apoio direto a famílias em diversas regiões do País. A entidade produz conteúdos educativos, promove formações gratuitas, participa de projetos de pesquisa e representa o Brasil nos principais fóruns internacionais sobre demência.

Ao longo de setembro, estão programados eventos presenciais em várias cidades brasileiras, como Belém (PA), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Serão realizadas palestras, rodas de conversa, caminhadas, atividades culturais e encontros para estimular a interação social. Monumentos em todo o Brasil serão iluminados na cor lilás em apoio à iniciativa.

A campanha também divulgará o conteúdo do Relatório Mundial de Alzheimer 2025, sobre terapias não farmacológicas para reabilitação. O lançamento está previsto para 18 de setembro. “Reabilitar, no contexto das demências, não é recuperar o que foi perdido, mas valorizar o que permanece, preservar a autonomia e promover bem-estar”, afirma Elaine Mateus, presidente da Febraz.

Outro alerta do Setembro Lilás é a urgência da efetivação de políticas públicas. A Lei 14.878, que instituiu a Política Nacional de Cuidado Integral em Alzheimer e outras Demências, aprovada em junho do ano passado, ainda não foi implementada. Segundo o Relatório Nacional sobre as Demências no Brasil, quase 80% das pessoas que vivem com a condição no País não receberam diagnóstico e a maioria das diagnosticadas nunca acessou serviços de reabilitação. Outro dado revela que mais de 80% dos cuidadores familiares são mulheres, que assumem essa responsabilidade sem apoio nem remuneração.

“Ninguém consegue cuidar bem se não está bem. É impossível fazer isso sem uma rede de apoio”, relata Julia de Oliveira, responsável pelos cuidados com a mãe, Myriam, há 16 anos, em Belo Horizonte (MG). Ela também chama atenção para a falta de suporte após o diagnóstico. “As pessoas saem do consultório sem nenhuma orientação sobre o dia a dia com Alzheimer. Muitas não têm grupo de apoio nem referências locais. Isso torna tudo mais difícil.”

O site oficial da campanha reúne respostas confiáveis em linguagem acessível para as perguntas mais frequentes e estimula a participação da sociedade civil sugerindo a realização de ações educativas, disponibilizando material informativo para compartilhamento em redes sociais e estimulando o envio de perguntas aos especialistas da Febraz.

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