Descoberto no Arizona o pterossauro mais antigo da América do Norte

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Pesquisadores anunciaram a descoberta do mais antigo pterossauro já identificado na América do Norte, um réptil voador minúsculo que viveu há cerca de 209 milhões de anos.
Batizado de Eotephradactylus mcintireae — ou "deusa do amanhecer com asas de freixo" — o fóssil foi desenterrado em um leito ósseo no Parque Nacional da Floresta Petrificada, no Arizona, e é parte de um acervo com mais de mil fósseis do final do período Triássico.
O nome homenageia tanto a presença de cinzas vulcânicas no local quanto Eos, a deusa grega da alvorada, refletindo a posição evolutiva precoce do animal dentro do grupo dos pterossauros.
Segundo os cientistas, esse pequeno réptil alado tinha o tamanho de uma gaivota e poderia pousar no ombro de uma pessoa. A mandíbula do animal foi cuidadosamente extraída por uma voluntária chamada Suzanne McIntire em 2013, razão pela qual seu nome foi eternizado na espécie.
A descoberta, publicada na revista PNAS, também revelou um ecossistema inteiro compartilhado entre animais já extintos — como anfíbios gigantes e crocodilianos primitivos — e grupos que sobreviveram ao evento de extinção do Triássico, como tartarugas, sapos e pterossauros.
O local onde o fóssil foi encontrado era, há milhões de anos, um ambiente semiárido próximo ao equador do supercontinente Pangeia, com rios propensos a inundações. Acredita-se que uma dessas cheias tenha enterrado rapidamente os corpos dos animais, preservando-os com detalhes impressionantes.
Conhecimento
"Essa é a primeira vez que vemos esses grupos convivendo antes do grande evento de extinção que marcou a transição para o Jurássico", explicou Ben Kligman, paleontólogo do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian e autor principal do estudo.
A descoberta não apenas amplia o conhecimento sobre os primeiros pterossauros como também sobre o surgimento de comunidades animais modernas no planeta.
Segundo o 'Live Science', além de expandir o registro fóssil dos pterossauros, a descoberta de Eotephradactylus mcintireae também desafia a ideia anterior de que esses répteis voadores teriam surgido e se diversificado apenas em regiões costeiras ou marinhas.


