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Família de Juliana Marins pensa em processar o governo da Indonésia
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Família de Juliana Marins pensa em processar o governo da Indonésia

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Aventuras Na História
04/07/2025 18h50
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Manoel Marins, de 64 anos, pai da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que faleceu após um acidente na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, denunciou a falta de infraestrutura e a negligência dos serviços de resgate do país como fatores que contribuíram para a tragédia.

A família está avaliando a possibilidade de entrar com uma ação judicial contra o governo indonésio, mas essa decisão será influenciada pelos resultados da autópsia realizada no Brasil na última quarta-feira, 2. O velório de Juliana ocorrerá nesta sexta-feira, 4, em Niterói, cidade onde residia com sua família.

A turista sofreu uma queda no Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, no dia 20 de junho. Inicialmente, ela foi avistada com vida; no entanto, o resgate só conseguiu alcançá-la quatro dias depois, em 24 de junho, quando já havia falecido. O corpo foi recuperado no dia seguinte.

Manoel Marins esteve na Indonésia para acompanhar o resgate e teve a oportunidade de dialogar com autoridades locais. Segundo ele, a responsabilidade principal recai sobre a administração do parque nacional.

Eu ficava até com pena do pessoal da Defesa Civil local. Eles têm boa vontade, mas não têm recursos. Se os voluntários não tivessem chegado, é bem provável que Juliana sequer fosse resgatada", afirmou Manoel em entrevista à imprensa.

Ele ressaltou que a situação revela um despreparo alarmante e uma falta de consideração pela vida humana em uma região reconhecida mundialmente como destino turístico. "Deveria haver uma estrutura mais robusta para garantir a segurança dos visitantes", completou.

Os pais de Juliana chegaram ao velório às 10h10. O evento será aberto foi público até meio-dia, sendo restrito aos familiares entre 12h30 e 15h.

Corpo Não Será Cremado

Contrariando o desejo da família por cremação, o corpo de Juliana será enterrado. A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a cremação a pedido da Defensoria Pública na quinta-feira, 3, mas a família já havia organizado o sepultamento com a intenção de facilitar um possível pedido de exumação no futuro.

Manoel mencionou à imprensa que a família considera processar o governo indonésio devido à alegada negligência nos procedimentos de resgate, mas aguardará os resultados da autópsia realizada no Brasil antes de tomar qualquer decisão definitiva.

Juliana já havia sido submetida a uma necropsia na Indonésia; entretanto, seus parentes solicitaram uma nova avaliação para esclarecer mais precisamente as circunstâncias da morte e identificar possíveis sinais que poderiam ter sido ignorados pela perícia local.

O exame foi conduzido por dois peritos legistas da Polícia Civil, com a presença de um perito da Polícia Federal e um assistente técnico da família, além da irmã de Juliana, Mariana Marins. Um laudo preliminar deverá ser emitido em até sete dias após a realização do exame.

A família ainda não tem certeza sobre a data exata do falecimento. O corpo foi encontrado com múltiplas fraturas e grave hemorragia interna, condições que poderiam justificar sua morte, conforme informado pelo médico legista responsável pela autópsia. Estima-se que Juliana tenha sobrevivido por até quatro dias após sua primeira queda.

A trilha onde ocorreu o acidente era considerada de difícil acesso e as operações de busca foram frequentemente interrompidas devido às péssimas condições climáticas.

Existem indícios de que Juliana possa ter sofrido uma segunda queda. Em um vídeo gravado por drone no dia 21, ela é vista sentada e se movendo em uma área íngreme. Quando seu corpo foi finalmente encontrado no dia 24, outro registro mostrava-a em um local diferente e mais plano; essa segunda queda poderia ter contribuído para que ela caísse mais fundo no penhasco.

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