Anvisa proíbe venda de fórmula infantil após casos de botulismo
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A recente determinação da Anvisa em proibir a importação e venda da fórmula infantil ByHeart Whole Milk 720 ml no Brasil gerou preocupações em muitos pais e mães. Esta decisão veio após a notificação da FDA sobre 13 casos de botulismo em bebês nos Estados Unidos, associados ao produto fabricado pela ByHeart. Mesmo sem registros de casos no Brasil, a precaução foi destacada pela agência regulatória nacional.
“Após o alerta disparado pela agência reguladora norte-americana, a Food and Drug Administration (FDA), informando o recolhimento do produto naquele país, a Anvisa fez uma busca ativa em sites e identificou anúncios do produto em plataformas brasileiras de comércio eletrônico”, diz a Anvisa em nota.
A fundadora da ByHeart, Mia Funt, salientou o compromisso da empresa com a segurança das famílias. Assim, mencionou um recall nos EUA como medida preventiva. “Levamos qualquer potencial preocupação com a segurança extremamente a sério e agimos rapidamente para proteger as famílias. Como pais, entendemos a preocupação que esta notícia pode causar”, afirmou Funt.
Nos Estados Unidos, a investigação dos casos de botulismo está em andamento, liderada pela FDA em cooperação com o CDC e outras agências de saúde.

O que é botulismo?
O botulismo é uma condição médica grave provocada pela toxina da bactéria Clostridium botulinum. Este microrganismo pode contaminar alimentos cuja produção e conservação não são adequadas. A doença é neurológica e afeta o sistema motor. Pode causar paralisia na musculatura responsável pela respiração, o que pode levar a condições fatais se não tratada de forma urgente.
Sintomas e tratamento
O início dos sintomas do botulismo pode ser lento e variado. Em adultos, sinais como pálpebras caídas e fala arrastada são comuns. Já em bebês, a perda do controle da cabeça e dificuldades para engolir e respirar são mais frequentes. Por isso, se a criança apresentar sintomas, incluindo dificuldade para engolir ou respirar, leve-a imediatamente ao pronto-socorro mais próximo.
Além disso, ao procurar atendimento, deve-se informar aos médicos o alimento que foi consumido. Se possível, levar também uma amostra da embalagem.
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