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Brasileiro de 9 anos tem dois dedos decepados em escola de Portugal; mãe se pronuncia
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Brasileiro de 9 anos tem dois dedos decepados em escola de Portugal; mãe se pronuncia

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15/11/2025 00h29
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Um caso de crueldade chocante envolvendo bullying e violência física abalou a comunidade brasileira residente em Portugal. O menino brasileiro J. L., de apenas nove anos, teve dois dedos amputados após ser alvo de um ataque de colegas na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, no Distrito de Viseu, na última segunda-feira (10). A mãe do garoto, Nívia Estevam, de 27 anos, denunciou a violência e a negligência da escola, atribuindo o histórico de agressões do filho a ser “brasileiro, preto e uma pessoa gorda”.

Segundo o relato da mãe, ao site G1, o ataque ocorreu no banheiro da escola. J. L. foi seguido por dois colegas que o prenderam, fechando a porta sobre seus dedos e exercendo força até causar a amputação. O menino tentou abrir a porta, mas a dor intensa o impediu, forçando-o a se arrastar para pedir socorro.

A mãe denuncia o descaso inicial. A professora, Sara Costa, telefonou para Nívia apenas para dizer que J. L. “estava brincando” e “amassou o dedo na porta”, minimizando a gravidade. Nívia correu para a escola e encontrou o filho em desespero, gritando de dor, com a mão enfaixada e precisando morder uma atadura.

O socorro foi lento. A mãe relata que o resgate dos bombeiros demorou entre 30 e 40 minutos. No hospital, após uma cirurgia de cerca de três horas, foi confirmada a impossibilidade de reimplantar os dedos. J. L. perdeu a primeira parte do dedo indicador e do dedo maior, que ficaram sem unha e parcialmente amputados.

Histórico de bullying e decisão de fuga

Nívia Estevam revelou que este não foi o primeiro caso de violência. O menino já havia sido alvo de agressões, incluindo ser preso contra a parede com veias estouradas no pescoço, e sofrer puxões de cabelo, pontapés e enforcamento. A mãe afirma que a escola nunca tomou providências efetivas, tratando os episódios como “brincadeiras”.

O hospital acionou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), que abriu uma investigação. A assistente social aconselhou Nívia a retirar J. L. da escola e até mesmo mudar de cidade: “Se puder mudar de escola e de cidade, faça isso”.

Com medo, Nívia, que é de Belém (PA) e vive há sete anos em Portugal, decidiu mudar de distrito. “Vim para Portugal buscar uma vida melhor… Mas agora preciso mudar tudo de novo. Estou com medo”, afirmou, relatando que o filho tem crises de choro e questiona por que foi alvo da violência.

A Direção do Agrupamento de Escolas de Souselo confirmou o conhecimento do caso e informou que abriu um processo de investigação interna. A Polícia local, no entanto, tratou o caso inicialmente como acidente.

Leia a matéria original aqui.

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