Argentina: escândalo de corrupção abala confiança no governo Milei

Um escândalo de corrupção envolvendo a alta cúpula do governo argentino está deixando o país em alerta. O vazamento de um áudio atribuído a Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência, acusando de corrupção a secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e o subsecretário de gestão institucional do governo, Eduardo "Lule" Menem, tem gerado grande repercussão. As acusações apontam para a cobrança de propina de indústrias farmacêuticas para a compra de medicamentos para a rede pública.

As gravações divulgadas pela imprensa revelam Spagnuolo mencionando cifras e porcentagens de possíveis atos ilícitos, levando a uma investigação judicial sobre o caso. Durante uma operação realizada recentemente, autoridades argentinas apreenderam celulares e documentos relacionados ao escândalo, além de terem alvo os diretores da empresa envolvida nas denúncias.

Karina Milei e Eduardo "Lule" Menem negaram as acusações de corrupção e afirmaram não ter participado de quaisquer atos ilícitos. Devido à gravidade da situação, a Casa Rosada se vê diante de uma crise, cujas consequências vêm em um momento político e econômico delicado para o país. A divulgação dos áudios ocorre a poucas semanas das eleições legislativas na Província de Buenos Aires e a alguns meses das eleições nacionais, prometendo impactar o cenário político e eleitoral argentino.

O presidente Javier Milei, que também foi citado indiretamente nos escândalos, ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso. A falta de posicionamento do chefe do governo, somada à ausência de uma explicação oficial por parte das autoridades, aumentam a tensão em torno do episódio, que ameaça abalar a imagem e a credibilidade do governo argentino perante a população.

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