Diante da ameaça do exército dos EUA, Maduro aposta em diálogo com Trump

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstraram disposição para ter uma conversa direta entre os líderes de seus países. A declaração de Maduro veio em pronunciamento na TV estatal, seguida pelo comentário de Trump aos jornalistas. O republicano afirmou que poderia negociar com o venezuelano, indicando uma potencial mudança na política dos EUA em relação à Venezuela.

Desde setembro, as forças militares dos EUA já destruíram 21 embarcações em águas internacionais, resultando em pelo menos 83 mortes. No entanto, Trump não forneceu detalhes sobre o momento em que as discussões entre os dois presidentes poderiam ocorrer. A recente escalada militar no Caribe por parte dos EUA, sob o pretexto de combate ao narcoterrorismo, gerou tensões entre Caracas e Washington.

A operação militar, nomeada como "Lança do Sul", mobiliza quase uma dezena de navios da Marinha dos EUA, juntamente com cerca de 12.000 marinheiros e fuzileiros navais. Além disso, o porta-aviões USS Gerald R. Ford foi posicionado na região do Caribe, marcando a presença militar americana na área. As ações americanas visam combater organizações envolvidas no tráfico internacional, enquanto Maduro acusa os EUA de pressioná-lo para deixar o poder.

Diante desse cenário tenso, Maduro reafirmou sua postura de buscar a paz por meio do diálogo e da diplomacia. Enquanto Trump sinalizou abertura para conversar com o líder venezuelano, destacando a possibilidade de negociações futuras entre os dois países. A relação entre Caracas e Washington segue em um momento delicado, com a presença militar dos EUA no Caribe sendo questionada pela Venezuela.

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