Eleições para presidente no México tem duas mulheres no topo da disputa

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Será neste domingo (2) que o México, finalmente, vai eleger a sua primeira presidente mulher. Em um país marcado pela violência e pelo domínio do tráfico de drogas, onde as mulheres são as maiores vítimas, a candidata de esquerda Claudia Sheinbaum, de 61 anos, é a favorita no pleito.
Sheinbaum, física e ex-prefeita da Cidade do México, de 2018 a 2023, lidera as intenções de voto, com 53% de apoio, segundo as últimas pesquisas. Ela é apoiada pela popularidade do presidente em exercício, Andrés Manuel López Obrador, cujo projeto político ela promete dar continuidade.
Sua principal concorrente é Xóchitl Gálvez, senadora e empresária de raízes indígenas, também de 61 anos e de centro-direita. Gálvez tem 36% de apoio nas pesquisas.
Essa eleição histórica ocorre em um momento em que o México enfrenta desafios significativos, como a violência do tráfico de drogas. Somente em 2023, o país registrou mais de 850 feminicídios, o que coloca a segurança das mulheres como uma das principais preocupações.
Quase 100 milhões de mexicanos estão aptos a votar nesta eleição de turno único, vencida por maioria simples. Além da presidência, mais de 20 mil cargos estão em disputa, incluindo o Congresso e nove dos 32 governadores do país.
Sheinbaum baseou sua campanha na promessa de dar continuidade aos programas sociais implementados durante o mandato de López Obrador, que ajudaram a tirar 8,9 milhões de pessoas da pobreza, mas que ainda não conseguiram resolver completamente essa questão.
Além disso, a nova presidente enfrentará o desafio de lidar com a violência e o crime organizado, que são os principais problemas do país. Desde 2006, o México vive em uma espiral de violência devido à atuação dos cartéis de drogas, que obtêm lucros milionários com o tráfico.
Outro desafio para a nova presidente será a relação com os Estados Unidos, o principal parceiro comercial do México. A relação entre os dois países é ampla e complexa, e a nova líder terá que lidar com questões como comércio, imigração e segurança na fronteira.
A eleição de uma mulher para a presidência do México representa um marco importante na história do país e uma possível mudança na luta contra a violência de gênero e pelo empoderamento das mulheres. Resta aguardar o resultado da eleição no domingo para conhecer a nova presidente do México.



