Gastos da Câmara dos Deputados em salários e auxílios batem recorde

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Os gastos da Câmara dos Deputados em salários, gratificações e auxílios para seus funcionários, especialmente os secretários parlamentares, ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão anuais. Atualmente, são contratados cerca de 10 mil secretários para atuar em Brasília ou nos estados, em um modelo que não é controlado nem fiscalizado, gerando brechas que possibilitam situações irregulares, como a presença de funcionários fantasmas nos gabinetes.
Essa falta de controle ficou evidente recentemente com a descoberta de três funcionárias fantasmas no gabinete do presidente da Câmara, Hugo Motta. A situação revelada pela imprensa mostrou casos em que as funcionárias estavam exercendo atividades fora do âmbito legislativo, como atendimentos em clínicas e funções em prefeituras, enquanto deveriam estar no gabinete cumprindo sua jornada.
Os gastos com os secretários parlamentares tiveram um aumento significativo na gestão de Motta, chegando a ultrapassar os R$ 1 bilhão no último ano. No primeiro semestre de 2024, a despesa totalizou cerca de R$ 486,4 milhões, enquanto no mesmo período de 2025 já alcançou R$ 539,2 milhões, representando um aumento de quase 11%.
Apesar de falar em responsabilidade fiscal e cobrar cortes de gastos do governo, Motta e a Mesa Diretora da Câmara ainda não propuseram medidas efetivas para garantir a efetividade do trabalho dos funcionários. Enquanto o presidente da Casa destaca o cumprimento das obrigações dos funcionários, críticos apontam para a necessidade de um controle mais rígido e transparente sobre a jornada e as atividades desempenhadas pelos secretários parlamentares.
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