A medida, que entra em vigor nesta sexta-feira (14), visa combater a inflação dos alimentos no Brasil, com produtos como carne, café, açúcar, milho e azeite tendo suas alíquotas zeradas. Alckmin informou que a isenção será temporária, mas ainda não há definição sobre sua duração.
A Camex coordena as políticas de comércio exterior do Brasil e a aprovação unânime reflete consenso entre diversos ministérios, incluindo Fazenda, Agricultura e Pecuária, e Casa Civil, destacando a importância da cooperação interministerial para estabilizar a economia.
Especialistas estão divididos quanto à eficácia da medida. Fábio Romão, da LCA Consultores, ajustou a projeção da inflação dos alimentos para 2025 de 7,3% para 7,1%, mas acredita que o impacto será marginal. Outros analistas sugerem que, sem estabilidade cambial e considerando a logística de importação, a redução de preços no curto prazo pode ser mínima.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) apoiou a medida, destacando seu potencial para reduzir custos no setor. No entanto, a eficácia dependerá de fatores como a safra agrícola e a capacidade logística.
Além da redução dos impostos de importação, o governo também está expandindo o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) e reforçando o estoque regulador da Conab, visando aumentar a oferta e estabilizar os preços
A medida reflete a tentativa do governo de controlar a inflação e melhorar o acesso a produtos da cesta básica, mas sua eficácia será avaliada com o tempo. Ela também evidencia a necessidade de políticas coordenadas entre os diferentes setores do governo para enfrentar os desafios econômicos do país.