Investigação da PF aponta suspeita de fraude em prova do Enem

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A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação sobre o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado em 2023. Os investigadores identificaram que uma pessoa contratada para aplicar a prova em Belém, capital do Pará, foi a responsável por tirar uma foto da prova da redação e enviá-la para uma amiga, que é professora.
As suspeitas de fraude na prova do Enem ganharam força após investigações realizadas pela Polícia Federal a partir da cidade de Caruaru (PE). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, identificou a circulação de imagens do caderno de provas nas redes sociais e acionou a PF para apurar o caso.
De acordo com o Inep, as imagens começaram a surgir nas redes sociais após as 13h, horário em que os portões dos locais de prova já estavam fechados. Isso levantou a suspeita de que alguém tenha conseguido levar o caderno de provas para fora do local, o que é proibido pelas regras de segurança do exame.
Por ter divulgado conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior, a pessoa investigada pode ter de cumprir uma pena de até quatro anos de prisão.
Essa não é a primeira vez que o Enem enfrenta problemas relacionados à segurança. Em 2009, a prova foi roubada da gráfica e seu conteúdo foi vazado. Nos anos seguintes, ocorreram problemas de impressão, troca de gabaritos e divulgação de notas erradas. Em 2012, por exemplo, 60 estudantes foram eliminados por postarem imagens da prova nas redes sociais.
O Inep, que é vinculado ao Ministério da Educação, reforça a importância de combater qualquer forma de fraude no Enem, garantindo a lisura e a igualdade de oportunidades a todos os candidatos.



