Mamografia passa a ser indicada a partir dos 40 anos, define Ministério da Saúde
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O Ministério da Saúde anunciou novas diretrizes para a realização da mamografia, visando a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Pela primeira vez, o exame passa a ser recomendado "sob demanda" para mulheres de 40 a 49 anos, mediante solicitação da paciente e indicação médica. Anteriormente, o protocolo do SUS orientava a mamografia apenas para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos, independentemente de sinais ou sintomas. Com as mudanças, o Ministério amplia o rastreamento até os 74 anos e destaca a importância da realização regular do exame.
José Barreto, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer da Pasta, ressaltou que as regras anteriores que restringiam o acesso à mamografia para mulheres mais jovens serão revogadas. O Ministério busca consolidar uma extensa rede de prevenção do câncer e incentivar um maior número de mulheres a realizarem o exame periodicamente. A Sociedade Brasileira de Mastologia já defendia a mamografia anual a partir dos 40 anos, e em 2024, mais de 30% dos exames realizados no país foram em mulheres abaixo dos 50 anos.
Além das mudanças nas recomendações relacionadas à mamografia, o Ministério da Saúde lançou um manual de diagnóstico precoce e alta suspeição, voltado para apoiar profissionais da atenção primária. Também foi anunciada a destinação de R$ 100 milhões em parceria com o CNPq para pesquisas em câncer de mama, colo de útero e colorretal. Essas medidas integram uma estratégia mais ampla de prevenção, alinhada ao lançamento do programa de carretas da saúde, que disponibilizará consultas, mamografias e biópsias em diversos estados a partir de outubro deste ano.
Como parte das atualizações, o Ministério da Saúde incluiu novos medicamentos no SUS, dentro do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas específico para o câncer de mama. O diagnóstico precoce é fundamental para melhorar as chances de cura e ampliar as opções de tratamento. Com essas iniciativas, a pasta espera reduzir os diagnósticos tardios, seguir as recomendações das sociedades médicas e proporcionar maior acesso a exames e terapias modernas, contribuindo para o combate eficaz do câncer de mama no Brasil.
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