Morre Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, aos 100 anos
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O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, faleceu neste domingo aos 100 anos de idade. Carter foi presidente de 1977 a 1981 e teve um mandato marcado por diversos acontecimentos importantes, como a segunda crise do petróleo, a invasão soviética do Afeganistão e a tomada de reféns na embaixada americana em Teerã. Além disso, ele se destacou por sua política em relação às ditaduras sul-americanas, priorizando os direitos humanos.
Carter foi um dos poucos presidentes americanos que não conseguiu a reeleição, sendo derrotado por Ronald Reagan. Após deixar o poder, ele fundou o Centro Carter, onde se dedicou à mediação de crises e à promoção dos direitos humanos ao redor do mundo. A carreira de Carter teve início na Marinha, onde trabalhou na operação de submarinos, e posteriormente ele ingressou na política, tornando-se governador da Geórgia em 1970.
Durante seu mandato na Casa Branca, Carter enfrentou desafios como a crise econômica decorrente da segunda crise do petróleo, que levou à disparada da inflação e a outros problemas financeiros. Suas políticas de proteção ambiental, como a criação do Departamento de Energia, e suas ideias progressistas, como a inclusão da comunidade LGBT, enfrentaram resistência no Congresso e em setores conservadores da sociedade.
A atuação de Carter nas relações exteriores foi marcada pelo seu comprometimento com os direitos humanos, o que gerou conflitos com diversos governos apoiados pelos EUA, incluindo o Brasil, na época ainda sob o comando da ditadura militar. Apesar das tensões, Carter visitou o Brasil em 1978, sem mencionar diretamente os abusos cometidos pelos militares, o que gerou críticas por parte de opositores da ditadura e ativistas dos direitos humanos.