Morte do líder do Hezbollah em ataque israelense sacode o Oriente Médio

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Neste sábado (28), a morte do líder do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio promovido por Israel em Beirute na sexta-feira (27), tem gerado repercussões políticas significativas na região. Analistas apontam que a perda de Nasrallah representa um golpe considerável para o Irã, enfraquecendo sua posição e intensificando a aposta de Teerã em seu programa nuclear. A morte do comandante é considerada mais impactante do que a de Osama bin Laden ou Saddam Hussein, e especialistas afirmam que o grupo extremista foi "decapitado" com o ataque, o que equivale a uma perda crucial para o Irã, principal rival de Israel no Oriente Médio.
O Hezbollah, parte do Irã e majoritariamente formado por xiitas, era considerado uma das milícias mais poderosas do mundo. A morte de Nasrallah e de outras lideranças do grupo coloca em questão seu futuro, sendo possível que Hashem Saffiedine, primo do líder falecido e treinado no Irã, seja o próximo líder. O Irã anunciou oficialmente cinco dias de luto pela morte de Nasrallah e o líder supremo do país, Ali Khamenei, declarou que a morte do comandante não ficará sem vingança, comprometendo-se a apoiar o Hezbollah e o povo do Líbano diante dos ataques israelenses.
Os conflitos na região, que têm escalado desde outubro do ano passado com provocações entre Israel, Hamas e Hezbollah, resultaram em bombardeios, mortes e um êxodo de libaneses. O Irã, aliado do grupo Hezbollah, prometeu confrontar o "regime usurpador, opressivo e perverso" de Israel em resposta aos ataques. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem adotado uma postura de "guerra total", o que gera incertezas sobre a possibilidade de o conflito se estender também ao Irã. A situação geopolítica delicada e a ameaça nuclear do Irã mantêm a região do Oriente Médio em alerta.



