Onda de calor extremo na Europa deixa oito mortos: o que significa para o futuro?

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Uma onda de calor excepcional atingiu a região central da Europa, causando a morte de oito pessoas e desencadeando alertas de saúde e incêndios florestais. Os serviços meteorológicos nacionais da Europa Central e do Norte emitiram avisos à população sobre as altas temperaturas em importantes cidades do continente. Cidades como Bruxelas, Colônia, Hamburgo, Frankfurt, Paris e Budapeste registraram temperaturas acima de 35ºC. No entanto, chuvas fortes ao final do dia em algumas regiões proporcionaram alívio com a queda das temperaturas.
"Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, alertou que o calor extremo está pondo em risco a saúde e a vida de milhões de pessoas. Segundo ela, a nova realidade climática implica em não se surpreender mais com temperaturas recordes a cada ano. A Itália emitiu alertas vermelhos para 18 cidades devido ao calor intenso, enquanto na Alemanha, previa-se que as temperaturas atingissem 40ºC em algumas áreas, tornando este o dia mais quente do ano.
Os termômetros marcaram 46ºC em El Granado, no sudoeste da Espanha, e 46,6ºC no centro-sul de Portugal nos últimos dias. Especialistas apontam que as ondas de calor estão se tornando mais frequentes e precoces, destacando os impactos das mudanças climáticas. Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudança Climática Copernicus, ressaltou a incomum intensidade das temperaturas registradas em algumas partes da Europa. Esta onda de calor na Europa Ocidental é resultado de um sistema de alta pressão que retém ar seco do norte da África, informou a OMM (Organização Meteorológica Mundial).
Buontempo ainda salientou que, com as mudanças climáticas, é esperado o aumento de ondas de calor mais intensas, duradouras e frequentes. O impacto na saúde da população europeia, especialmente dos idosos, tende a ser mais dramático. Mais de dois terços das ondas de calor severas na Europa desde 1950 ocorreram após 2000, de acordo com a OMM. A previsão é de um futuro sombrio para a Europa, com agravamento da seca e calor impulsionados por combustíveis fósseis.
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