Operação contra Jair Bolsonaro repercute na mídia internacional
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A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 18 de julho, em endereços ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro repercutiu amplamente na imprensa internacional. Os mandados foram cumpridos em sua residência, em Brasília, e na sede do Partido Liberal, no contexto das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2022.
Agências como Bloomberg, Reuters, Associated Press, The Guardian e Financial Times destacaram o avanço das investigações e as medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno, a proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados, além da apreensão de cerca de 14 mil dólares em espécie.
Segundo a Bloomberg, a operação está inserida em um processo que avalia o envolvimento de Bolsonaro e aliados em uma possível conspiração para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A agência mencionou ainda o aumento da pressão internacional sobre o Brasil, especialmente diante do julgamento que pode resultar em penas severas.
A Reuters enfatizou o cumprimento dos mandados em locais ligados ao ex-presidente e a apreensão do valor em dinheiro durante a ação. O jornal britânico The Guardian informou que o ex-presidente também foi proibido de manter contato com diplomatas estrangeiros e observou que as medidas refletem preocupações do STF sobre possíveis tentativas de fuga.
Nos Estados Unidos, o caso teve repercussão política. O ex-presidente Donald Trump declarou apoio a Bolsonaro e classificou a operação como uma perseguição. Trump também sugeriu sanções comerciais contra o Brasil, como o aumento de tarifas de importação, o que foi criticado pelo governo brasileiro, que reiterou a autonomia das instituições judiciais.
O jornal espanhol El País descreveu o episódio como um novo capítulo nas investigações envolvendo autoridades civis e militares acusadas de planejar uma ruptura democrática após as eleições de 2022. Já o Financial Times analisou os possíveis impactos nas relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, com atenção especial às reações do governo Lula e à postura do Supremo Tribunal Federal.
A operação, parte da chamada Operação Contragolpe, amplia o foco das investigações iniciadas em 2023 e reforça o interesse global no desenrolar dos fatos. A expectativa é de que novos desdobramentos mantenham o caso em destaque nas próximas semanas, tanto na política interna quanto nas relações exteriores do país.
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