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A falha global da Cloudflare e o problema da centralização de serviços
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A falha global da Cloudflare e o problema da centralização de serviços

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18/11/2025 14h37
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*Por Erik de Lopes Morais // A falha global da Cloudflare na manhã desta terça-feira (18) afetou gigantes como X, ChatGPT e serviços financeiros e de cripto, reacendendo um debate essencial: até que ponto estamos confortáveis com a centralização crescente da internet?

Apesar dos avanços em cloud, resiliência e redundância distribuída, muitos ambientes modernos acabam convergindo para os mesmos grandes players. A Cloudflare é um bom exemplo. Ela funciona como uma camada frontal para milhares de sites e aplicações, entregando performance, segurança e mitigação de ataques. Isso é poderoso, mas também cria um ponto único de concentração.

A dependência de serviços terceirizados tem prós e contras. O lado positivo é evidente: alta disponibilidade, tecnologia de ponta, mitigação de ameaças e simplicidade operacional. O problema surge quando essa concentração vira dependência absoluta. Quando o provedor central falha, não importa se seu sistema está replicado, se há múltiplos datacenters ou se o DR está impecável. Tudo continua inacessível porque o gargalo está fora do seu alcance.

Esse incidente mostra que continuidade de negócios não pode ser vista apenas como projetos de redundância técnica. Ela precisa incluir cenários de falha de terceiros, planos de comunicação, planos operacionais alternativos e processos que permitam ao negócio seguir funcionando mesmo quando o fornecedor da vez para.

A lição é simples, mas urgente: distribuir riscos é tão importante quanto distribuir cargas. E, em um mundo em que cada vez mais empresas dependem dos mesmos poucos grandes provedores, isso precisa voltar à pauta de CIOs, CISOs e líderes de tecnologia.

*Erik de Lopes Morais é COO da Penso Tecnologia, suíte corporativa completa que visa promover o aumento da produtividade das empresas

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