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Cientistas criam método para transformar urina em mineral presente em ossos e dentes
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Cientistas criam método para transformar urina em mineral presente em ossos e dentes

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Aventuras Na História
04/07/2025 16h54
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Um novo avanço científico pode transformar algo descartado diariamente por bilhões de pessoas em um recurso valioso. Cientistas desenvolveram um método inovador para transformar urina humana em hidroxiapatita, o mineral duro encontrado naturalmente nos ossos e no esmalte dos dentes. A pesquisa, publicada no mês de maio na Nature Communications e financiada pela DARPA, agência de pesquisa do Exército dos EUA, tem o potencial de impactar áreas como saúde, construção civil, preservação ambiental e até arqueologia.

O segredo da descoberta está no uso da Saccharomyces boulardii, uma levedura comum encontrada em frutas tropicais e usada como probiótico. Com modificações genéticas, ela foi transformada em uma "osteolevedura" capaz de decompor a ureia — substância abundante na urina — e sintetizar hidroxiapatita em menos de 24 horas. Segundo os pesquisadores, um litro de urina pode render cerca de um grama do mineral.

"Este processo atinge dois objetivos simultaneamente", afirmou o coautor do estudo, David Kisailus, professor de ciência e engenharia de materiais da Universidade da Califórnia, em Irvine. "Ajuda a remover urina dos cursos d'água, reduzindo a poluição, e ao mesmo tempo cria um material valioso com amplas aplicações".

Aproveitamento

A hidroxiapatita já é amplamente utilizada em implantes médicos por ser biocompatível e promover o crescimento ósseo. Contudo, sua produção industrial costuma ser cara e poluente. A nova técnica oferece uma alternativa barata, limpa e escalável — uma verdadeira biofábrica que funciona como um processo de fermentação, semelhante ao da cerveja.

Segundo o 'Live Science', além do uso médico, os cientistas destacam que o material pode ser aplicado em restaurações arqueológicas, como substituto biodegradável ao plástico e até mesmo na impressão 3D de materiais para construção.

Agora, o desafio está em levar essa tecnologia ao nível industrial, tornando possível o aproveitamento de um resíduo abundante para transformar setores inteiros da economia — tudo começando pelo vaso sanitário.

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