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Vladimir Brichta reflete sobre versatilidade após sucesso na TV e streaming
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Vladimir Brichta reflete sobre versatilidade após sucesso na TV e streaming

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Contigo!
23/09/2024 22h17
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©FOTO: GLOBO/Paulo Belote
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Despedindo-se do Egídio, da novela Renascer, Vladimir Brichta deu entrevista à Contigo! Novelas e revela como foi interpretar o vilão no remake da TV Globo e diz como o personagem o fez refletir sobre temas como machismo. Em ótima fase, ele ainda celebra o sucesso na TV aberta e também na Netflix, com a série Pedaço de Mim

 - Como foi fazer o Egídio?

- Quando fui convidado, eu tinha a sensação de que era um personagem bom, eu não lembrava detalhes de como foi com o Herson Capri [que interpretou o vilão na versão original], mas sabia que, de alguma forma, ele mobilizava bastante as ações da novela. Achei que seria uma oportunidade boa de fazer um personagem diferente do que faço normalmente na TV e, ao mesmo tempo, me aproximar desse universo que para mim é tão familiar, porque sou da Bahia. Cresci entre Salvador e Itacaré e Itacaré é próximo a Ilhéus também, então para mim era muito próximo. Eu tinha uma expectativa boa em relação à novela e, agora, já perto do fim, posso dizer que estou bem feliz e orgulhoso do trabalho coletivo, gosto também do meu trabalho individualmente, o que escuto na rua é muito legal. E o que chega para todo mundo e impacta muito o grupo inteiro que faz a novela, não só o elenco, mas o coletivo todo, é que a gente está fazendo uma novela bonita e comprometida também. Além do que a gente gosta em folhetim, do amor, da vilania etc., a novela também acaba de uma forma muito orgânica abordando temáticas que são ricas, valiosas para a gente enquanto sociedade mesmo. Acho que a novela não tem obrigação de ocupar esse espaço, mas ela eventualmente tem a chance e quando isso acontece eu acho muito feliz.

- Esse vilão te fez refletir muito?

- Sim, todo personagem tem muito o que nos oferecer de aprendizado e um personagem que comete tantos erros, quanto mais, mais você repensa. Nesse aspecto machista, por exemplo, outro dia teve uma cena que a personagem Kika [Juliane Araújo] chega lá e fala que está representando a Dona Patroa [Camila Morgado] como advogada e quer chegar a um acordo de forma consensual, mas que se o Egídio preferir brigar na Justiça eles podem ir para o litigioso. E aí eu botei um caco e falei “Tudo bem, eu também prefiro a forma sensual, quero dizer, consensual”, que é uma maneira de ele diminuir aquela mulher ali e lembrá-la de que ela é uma mulher e é passível de ser objetificada. Foi um caco que me permiti colocar pensando muito naquelas figuras... Muito político é dessa forma, né? Ele vê uma jornalista o entrevistando e imediatamente a faz lembrar que ela é uma mulher, que ela pode ser objetificada. Eu fiz questão de colocar isso porque é muito comum e isso está no ar, ou seja, a gente está aprendendo com isso o tempo inteiro. Estamos pensando sobre formas de se relacionar que sejam espontâneas, no entanto, que sejam respeitosas. E não existe uma regra, uma partitura clara, a gente vai entendendo até onde é o respeito, onde é possível também a brincadeira, onde a gente está perpetrando machismo, misoginia, racismo e preconceito.

- Além da novela, você também está fazendo sucesso na Netflix com a série Pedaço de Mim, né?

- A gente não atua ou não deveria atuar ou escolher a profissão ou os personagens para se provar ou para provar nada a ninguém, é para contar aquela história. Isso é o ideal, mas a gente também é movido pelos nossos desejos íntimos. Eu sempre gostei da ideia de ser um ator mais plural possível. Então me experimentei fazendo musical, comédia, drama, gosto de transitar. A gente tem uma visão quando começa na profissão um pouco equivocada de que o bom ator é o virtuoso. Você entra na escola de teatro e de cara faz um bêbado, no dia seguinte um policial durão, faz vozes, muda o corpo. E o virtuosismo não é uma qualidade, é um trunfo a mais, mas isso não faz do ator melhor, mas ele tem aquelas ferramentas que podem auxiliá-lo. Então ser valorado por essa pluralidade não é necessariamente uma coisa a perseguir, mas eu internamente gosto da ideia de exercitar gêneros diferentes. Na novela faço um vilão dentro desse universo, dos 197 capítulos. No streaming é um personagem que vai se revelando muito cruel, e de forma distinta. É claro que fico feliz com o meu trabalho, com o fato de que a repercussão é boa. Se conseguirmos essa tríade, que é agradar ao público, à crítica e a nós mesmos, a gente está satisfeito. É um momento feliz. Ele não é inédito, mas quando ele surge é bem legal

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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