Morre Edy Star, artista e ícone da cultura queer brasileira

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Nesta quinta-feira, dia 24 de abril de 2025, o cantor, compositor, ator e performer baiano, Edy Star, faleceu aos 87 anos em São Paulo. Ele estava internado em estado grave devido a complicações de um acidente doméstico ocorrido na semana anterior. Sua morte se deu em meio a complicações clínicas que pioraram nos últimos dias, sendo causada por insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda.
O artista foi o pioneiro em assumir sua homossexualidade publicamente no país, em 1975, em uma entrevista à revista Fatos & Fotos. Durante o regime militar, enfrentou forte repressão ao lado de Ney Matogrosso e Maria Alcina, sendo censurado por três anos e proibido de aparecer na televisão e em jornais. Apesar das adversidades, sua carreira resistiu e foi marcada por irreverência, coragem e colaborações lendárias com artistas como Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada.
Edy Star também compartilhou histórias e momentos com renomadas personalidades da música e arte brasileira, tais como Caetano Veloso, Gal Costa, Jorge Lafond, Elke Maravilha, Mart'nália, Clara Nunes, Djavan, Áurea Martins e Silvinho Cabeleireiro. Sua trajetória foi recentemente registrada no livro "Eu Só Fiz Viver: A História Oral Desavergonhada de Edy Star" e no documentário "Antes que me Esqueçam, Meu Nome é Edy Star".
A obra de Edy Star, marcada por sua versatilidade artística e sua significativa contribuição para a cultura queer no Brasil, permanecerá como um legado valioso e inspirador para as gerações futuras. Sua coragem em enfrentar a repressão e sua autenticidade como artista deixam uma marca indelével no cenário cultural brasileiro.
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