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Microplásticos podem prejudicar memória e funções cerebrais, aponta estudo
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Microplásticos podem prejudicar memória e funções cerebrais, aponta estudo

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08/09/2025 14h24
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Um estudo conduzido pela Universidade de Rhode Island e publicado na revista Environmental Research sugere que o acúmulo de microplásticos no cérebro pode afetar funções cognitivas, especialmente em indivíduos com predisposição genética para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

No estudo, os pesquisadores expuseram camundongos portadores do gene APOE4, considerado o maior fator de risco genético para Alzheimer e presente em cerca de 25% da população, a microplásticos de poliestireno por três semanas. O resultado apontou alterações de memória, comportamento e inflamação cerebral, semelhantes às observadas em humanos com a doença.

Estudos anteriores já haviam identificado que um cérebro humano médio pode conter até sete gramas de microplásticos. Embora ainda não seja possível afirmar com certeza o papel dessas partículas no avanço da doença, a pesquisa reforça a preocupação de que fatores ambientais podem acelerar processos neurodegenerativos em pessoas predispostas geneticamente.

“Já sabemos que a genética não explica sozinha todos os casos de Alzheimer. A interação com fatores ambientais, como poluição e hábitos de vida, pode ser determinante no risco de desenvolver a doença. Esse estudo mostra que os microplásticos podem ser mais um elemento relevante nesse quebra-cabeça”, avalia Mateus Trindade, neurologista do Sírio-Libanês.

Ainda segundo o especialista, pesquisas sobre prevenção ganham cada vez mais relevância diante do envelhecimento populacional. “O Alzheimer é uma das principais causas de incapacidade em idosos. Se comprovada a relação entre exposição a microplásticos e maior risco da doença, teremos um novo campo de atuação para estratégias de prevenção e políticas de saúde pública”, completa.

Confira pequenas mudanças de hábito que ajudam a diminuir o contato com partículas invisíveis de plástico:

  1. Prefira recipientes de vidro ou inox – evite aquecer alimentos em embalagens plásticas no micro-ondas, pois o calor favorece a liberação de partículas.
  2. Reduza o consumo de água engarrafada – opte por filtros em casa, que podem diminuir a ingestão de microplásticos presentes em águas minerais.
  3. Troque utensílios plásticos descartáveis – talheres, copos e pratos de plástico podem liberar fragmentos. Dê preferência a alternativas reutilizáveis.
  4. Atenção aos alimentos embalados – sempre que possível, escolha frutas, legumes e grãos vendidos a granel ou em embalagens de papel ou vidro.
  5. Evite o uso de plásticos pretos para alimentos – eles podem liberar mais substâncias químicas nocivas e são difíceis de reciclar devido à cor. Optar por vidro, aço inox ou plástico claro é mais seguro e sustentável.

"Os microplásticos já estão presentes no ar, na água e nos alimentos, mas podemos reduzir parte dessa exposição com escolhas simples. Essas medidas não eliminam o risco, mas podem ajudar a proteger a saúde a longo prazo", conclui Trindade.

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