Após os 40, noites mal dormidas podem acelerar o envelhecimento do cérebro
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Você sabia que a forma como você dorme a partir dos 40 anos pode influenciar diretamente a saúde do seu cérebro? Uma pesquisa da University of California San Francisco, publicada na revista Neurology, revelou que adultos com distúrbios do sono podem envelhecer o cérebro de forma antecipada.
O estudo contou com 589 participantes, com idade média de 40 anos, que responderam a questionários sobre qualidade do sono e realizaram exames cerebrais. Ao dividir os voluntários em três grupos (sono de boa qualidade, intermediário e ruim), os cientistas descobriram que aqueles com mais dificuldades apresentavam um envelhecimento estimado em até 2,6 anos a mais.
Distúrbios que pesam na saúde do cérebro
Entre os problemas mais relacionados ao envelhecimento precoce estão: dificuldade para iniciar o sono; acordar diversas vezes durante a noite; e sonolência excessiva ao longo do dia. Mesmo sem sinais clínicos aparentes, essas alterações podem indicar que o cérebro está se desgastando mais rápido do que o esperado para a idade. O descanso noturno não é o único fator que afeta o cérebro. O tabagismo, o consumo abusivo de álcool, a má alimentação, o sedentarismo e o estresse elevado também aceleram o declínio cognitivo.
O Manual MSD explica que envelhecer naturalmente já provoca redução do volume cerebral em algumas áreas, alterações em neurotransmissores e acúmulo de substâncias tóxicas. Quando somado ao sono insuficiente, o risco de prejuízos na memória, atenção e desempenho intelectual aumenta ainda mais.
Estratégias para proteger o cérebro depois dos 40
Especialistas recomendam medidas simples para preservar a saúde cognitiva:
- Manter horários regulares para dormir e acordar;
- Evitar cafeína e álcool antes de se deitar;
- Praticar atividade física com frequência;
- Reduzir o uso de telas antes do sono;
- Criar um ambiente adequado, com pouca luz e silêncio.
- Manter uma alimentação equilibrada;
- Praticar gestão do estresse.
Aos 40, o cérebro passa por mudanças naturais que exigem mais atenção. Dormir bem, portanto, não é luxo: é uma necessidade biológica que preserva funções cognitivas, melhora a performance diária e pode, como indica a ciência, “economizar” anos de funcionamento cerebral.
