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Aprender um novo idioma atrasa o declínio cognitivo, diz estudo
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Aprender um novo idioma atrasa o declínio cognitivo, diz estudo

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Bons Fluidos
07/08/2025 19h30
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Aprender um novo idioma vai além de ampliar horizontes culturais. Ele pode ser um verdadeiro aliado da saúde mental. Pesquisas científicas mostram que o bilinguismo fortalece o cérebro e pode até retardar o aparecimento de doenças como o Alzheimer. Mas o que acontece, afinal, com o cérebro de quem fala duas ou mais línguas?

Um treino constante para o cérebro

Falar dois idiomas exige muito mais do que memorizar palavras. É preciso alternar entre sistemas linguísticos, controlar qual língua está sendo usada e inibir a outra. Esse esforço diário estimula áreas importantes do cérebro, como aquelas ligadas à memória, atenção e tomada de decisões. Esse processo cria o que os especialistas chamam de reserva cognitiva – uma espécie de proteção cerebral que pode retardar os efeitos do envelhecimento e de doenças degenerativas.

O aprendizado contínuo de idiomas estimula a plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se adaptar, se reorganizar e criar novas conexões neurais. Com isso, além de proteger contra a demência, o bilinguismo melhora a comunicação entre áreas cerebrais envolvidas na memória e no raciocínio, promovendo um funcionamento mais eficiente e saudável ao longo da vida.

Sintomas da demência podem demorar até 5 anos a mais

Estudos sugerem que pessoas bilíngues tendem a manifestar os primeiros sintomas de demência entre quatro e cinco anos mais tarde do que pessoas que falam apenas uma língua. Uma pesquisa publicada na revista Neurology, que acompanhou 648 pessoas diagnosticadas com demência, identificou que os sintomas apareceram significativamente mais tarde nos bilíngues – mesmo em casos em que o cérebro já apresentava sinais da doença.

A boa notícia é que não é preciso crescer falando duas línguas para obter esses benefícios. Um estudo da Universidade de Edimburgo mostrou que aprender um novo idioma na vida adulta também melhora a chamada “função executiva” do cérebro, responsável pelo planejamento, controle de impulsos e flexibilidade cognitiva. Ou seja: nunca é tarde para começar.

Outros benefícios do bilinguismo

Além da proteção contra doenças neurodegenerativas, quem fala mais de um idioma também pode perceber vantagens no dia a dia:

  • Memória mais afiada: a chamada memória de trabalho (usada para reter e processar informações) se fortalece com o uso constante de mais de uma língua;
  • Mais foco: bilíngues tendem a ter mais facilidade para ignorar distrações e manter a atenção em tarefas importantes;
  • Melhor tomada de decisões: alternar entre línguas exige raciocínio analítico, o que pode aprimorar a habilidade de avaliar situações e agir com mais clareza;
  • Cérebro ativo por mais tempo: mesmo sem diagnóstico de demência, estudos indicam que os bilíngues mantêm a saúde cognitiva por mais tempo ao envelhecer.
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