Estudo revela vantagens da dieta sem carne para o cérebro

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Atualmente, cada vez mais pessoas estão aderindo ao veganismo ou ao vegetarianismo. Isso ocorre tanto pelo desejo de reduzir possíveis impactos para o meio ambiente, como a emissão de gases de efeito estufa, quanto em busca de melhorar a saúde e o bem-estar. Enfatizando os benefícios dessa decisão, uma pesquisa publicada no periódico Nutrients mostrou que a dieta sem carne apresenta efeitos positivos para o cérebro.
Como as refeições favorecem o sistema nervoso?
De acordo com a análise de especialistas espanhóis e colombianos, que revisou diversos artigos científicos sobre o tema, a principal influência está na ação antioxidante das hortaliças e dos frutos. Os profissionais apontam que as verduras, os legumes e até os grãos possuem desde vitaminas a minerais, que ajudam a neutralizar radicais livres. Esses moléculas, potencializadas por compostos presentes na carne vermelha, levam a perda de neurónios e o desenvolvimentos de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Ademais , o estudo indica que os alimentos atuam contra inflamações , também responsáveis por desencadear danos cerebrais. Segundo os pesquisadores, outro benefício da dieta sem carne, que se baseia no consumo de vegetais, frutas ou sementes, é a riqueza de fibras . Eles ressaltam que as substâncias auxiliam a microbiota intestinal e contribuem para a produção de neurotransmissores.
“O estudo aponta vantagens e desvantagens dos regimes veganos e vegetarianos em relação à saúde do cérebro e destaca a necessidade de um planejamento adequado”, comentou a nutricionista Serena del Favero, à ‘Agência Einstein’.
Cuidados da dieta sem carne
Para além dos aspectos positivos da restrição, os especialistas alertam para a necessidade de repor nutrientes. Favero explica que, semelhante às fibras, a vitamina B12, o ômega-3 e o ferro também favorecem a proteção neurológica. Essas propriedades, no entanto, não estão tão presentes no dia a dia dos veganos e vegetarianos.
De acordo com a profissional, no caso da B12, enquanto aqueles que consomem laticínios e ovos conseguem adquirir a quantidade recomendada, os adeptos ao veganismo precisam de suplementação. Entretanto, focando no ômega-3, que está presente no salmão e no atum, ela recomenda que os dois grupos busquem substitutos no reino vegetal, como a linhaça e a chia .
Para a reposição do mineral, Serena sugere apostar na ingestão de feijões e as folhas verde-escuras. Ademais, a fim de garantir maior absorção de ferro pelas células intestinais, é importante acrescentar à dieta alimentos ricos em vitamina C. “A educação nutricional e o monitoramento contínuo da saúde são fundamentais para maximizar os benefícios de dietas veganas e vegetarianas e minimizar os riscos de deficiências”, diz a nutricionista.


