Novo tratamento para Alzheimer chega ao Brasil; saiba mais
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Após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um novo tratamento para pessoas em estágios iniciais da doença de Alzheimer chegará ao Brasil. O fármaco, chamado de Kisunla, no entanto, estará disponível somente em clínicas e hospitais privados.
Como o medicamento combate o Alzheimer?
O método, feito para pacientes com demência leve, consegue desacelerar a perda cognitiva. Isso porque atua como anticorpo, eliminando o excesso de uma proteína no cérebro daqueles com o diagnóstico, a beta-amiloide. A remoção dessa substância pode levar, no máximo, 18 meses, dependendo da indicação médica.
Nos primeiros 90 dias, o paciente deve receber, mensalmente, dois frascos (700 mg) do medicamento, por via intravenosa. Posteriormente, o tratamento aumenta para quatro frascos (1.400 mg) mensais. Dessa forma, de acordo com estudos clínicos, o Kisunla reduz em cerca de 37% o risco de progressão da doença, atrasando o declínio cognitivo em até 4,4 meses.
Ademais, especialistas afirmam que os impactos positivos persistem mesmo após a conclusão do procedimento. A criação da empresa farmacêutica Eli Lilly, contudo, possui um preço elevado, podendo custar mais de R$ 30 mil por mês. Há ainda possíveis efeitos colaterais, como hemorragias e edemas.
Precauções
Por isso, antes de iniciar o tratamento, os pacientes passam por exames que permitem identificar predisposições genéticas capazes de aumentar os riscos e detectar a presença da beta-amiloide. Assim, os profissionais conseguem investigar o estágio da doença e estimar a eficácia do medicamento.
“Há um cuidado que se precisa ao tomar essa medicação que é uma busca ativa pelos efeitos colaterais, com ressonâncias periódicas e depois de reavaliações periódicas. E principalmente a seleção do paciente, que é criteriosa. Não é um medicamento para todos os pacientes com Alzheimer. É um grupo numa fase muito leve, muito inicial. Fazemos até um rastreamento genético, porque sabemos que alguns grupos genéticos têm mais risco de efeitos graves”, detalhou o neurologista Ivan Okamoto, em entrevista ao ‘O Globo’.
