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Uso prolongado de melatonina pode prejudicar o coração, aponta estudo
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Uso prolongado de melatonina pode prejudicar o coração, aponta estudo

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Bons Fluidos
27/11/2025 19h30
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A melatonina se tornou um dos suplementos mais populares dos últimos anos – quase sempre tratada como uma solução rápida, natural e sem contraindicações. Mas, à medida que cresce o uso contínuo do hormônio, também aumentam as dúvidas sobre sua segurança.

Produzida pelo próprio corpo para sinalizar que a noite chegou, a melatonina é considerada segura quando utilizada em baixas doses e por períodos curtos. Porém, novas evidências acenderam um alerta importante sobre o uso prolongado, especialmente em pessoas que convivem com insônia crônica.

O que a nova pesquisa descobriu

Durante o congresso Scientific Sessions 2025, da American Heart Association, cientistas analisaram registros de mais de 130 mil pessoas com insônia. A descoberta chamou atenção: quem usou melatonina diariamente por um ano ou mais teve 90% mais risco de desenvolver insuficiência cardíaca nos cinco anos seguintes; as hospitalizações por insuficiência cardíaca foram 3,5 vezes mais frequentes; houve aumento da mortalidade geral entre os usuários de longo prazo.

Apesar dos números expressivos, os pesquisadores deixaram claro. Os dados não provam que a melatonina causa esse tipo de problema. Pessoas com insônia crônica, por si só, já apresentam maior risco cardiovascular, o que pode influenciar nos resultados.

O que realmente sai do eixo quando usamos melatonina por conta própria

Além do risco cardiovascular sugerido pelos novos dados, o uso inadequado pode causar: sonolência diurna; tontura; dores de cabeça; náuseas; pesadelos; fadiga e dificuldade de concentração. E, em muitos casos, o problema de sono não é falta de melatonina – mas apneia, ansiedade, má higiene do sono, estresse, uso excessivo de telas ou medicamentos que atrapalham o ciclo circadiano. Por isso, reforçam os especialistas, é essencial identificar a causa real da insônia antes de suplementar.

O que a ciência sabe sobre melatonina e coração

Os novos achados contrastam com estudos anteriores que mostravam efeitos protetores do hormônio, especialmente pela ação antioxidante. A ausência de dados sobre dosagens, tempo exato de uso e histórico de saúde mental dos participantes são limitações importantes citadas pelos pesquisadores. Ou seja, ainda não sabemos ao certo se o risco vem da melatonina ou do próprio perfil clínico das pessoas que precisam dela.

Antes de tomar melatonina, o que você deve fazer

A orientação é unânime entre especialistas: diagnóstico primeiro, suplemento depois. E, na maioria dos casos, iniciar pelas práticas que estimulam a melatonina natural:

  • Exposição à luz solar pela manhã;
  • Reduzir telas ao entardecer;
  • Diminuir a intensidade das luzes à noite;
  • Evitar refeições pesadas e álcool antes de dormir;
  • Manter o quarto escuro, fresco e silencioso.

Agora, caso você precise usar melatonina, prefira doses baixas, evite o uso prolongado sem orientação profissional e observe sinais incomuns (como palpitação ou cansaço extremo). A melatonina continua sendo um recurso útil, mas não é tão inofensiva quanto parece. O uso consciente, por tempo limitado e com acompanhamento adequado, traz benefícios. Já o uso contínuo, por conta própria, abre espaço para riscos que a ciência começa agora a investigar com mais profundidade.

Leia também: Melatonina ajuda na insônia? Entenda os riscos e benefícios”

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