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Cardeal condenado à prisão desiste de participar do conclave
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Cardeal condenado à prisão desiste de participar do conclave

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Aventuras Na História
29/04/2025 13h10
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©Getty Images
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Nesta terça-feira, 29, o cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu anunciou de forma oficial que vai "obedecer" à decisão da Igreja Católica de vetá-lo do conclave que deve eleger o próximo papa, sucessor de Francisco, que faleceu na última semana.

Becciu, vale mencionar, foi impedido inicialmente após perder seus direitos ao cardinalato, após ser condenado por peculato. Ainda assim, ele chamou atenção na última semana por pressionar o Vaticano a ser admitido na votação.

Tendo no coração o bem da Igreja, à qual servi e continuarei servindo com fidelidade e amor, assim como para contribuir com a comunhão e a serenidade do conclave, decidi obedecer como sempre fiz", informou Becciu em comunicado, enviado por seu advogado à AFP.
Giovanni Angelo Becciu / Crédito: Getty Images

Escândalo

Hoje com 76 anos, Angelo Becciu já chamou grande atenção ao ser uma das figuras mais importantes do Vaticano, quando atuou como assessor de Francisco. Inclusive, já foi um dos favoritos à liderança da Igreja Católica após o argentino, porém, uma operação imobiliária em Londres o levou à Justiça, o que o obrigou a renunciar aos direitos relacionados ao cardinalato em 2020.

Na ocasião, uma investigação sobre irregularidades na compra de um imóvel de luxo em Londres apontou que o Vaticano gastou mais de US$ 200 milhões na aquisição do imóvel. Parte do dinheiro, no entanto, deveria ser destinado a obras de caridade, repercute o g1.

O acordo para a compra do imóvel, no entanto, foi assinado por Becciu, então chefe de gabinete do papa. Além disso, também vale mencionar que ele supostamente desviou recursos à diocese de sua cidade natal, na Sardenha, o que inclusive beneficiaria membros de sua família.

No fim de 2023, Becciu foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão por peculato e abuso de poder, e também foi inabilitado de seus cargos públicos. Essa decisão foi proferida pelo Tribunal do Vaticano, e o papa Francisco aceitou sua renúncia — ainda assim, o italiano recorreu da decisão e segue, desde então, em liberdade.

Porém, apenas um dia após a morte de Francisco, Becciu anunciou que viajou para Roma para participar do conclave, alegando que o papa garantiu que seus direitos como cardeal eram vitalícios. Porém, o cardeal Pietro Parolin, que foi secretário de Estado de Francisco, lhe entregou dois documentos assinados pelo próprio pontífice — uma carta de 2023 e outra do mês passado — que confirmavam que ele não poderia participar da eleição.

Embora sempre tenha negado as acusações, inclusive afirmando que Francisco perdeu a fé nele, Becciu aceitou a decisão recentemente, e não concorrerá ao conclave para eleger o novo papa.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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