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Joia de ametista é descoberta em fosso de castelo medieval na Polônia
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Joia de ametista é descoberta em fosso de castelo medieval na Polônia

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Aventuras Na História
21/07/2025 16h40
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16565738/original/open-uri20250721-36-14dv2h8?1753116609
©Divulgação/Lech Marek; CC BY 4.0
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Recentemente, durante escavações no fosso do castelo medieval de Kolno, outrora situado ao longo de uma fronteira ducal, na Polônia, arqueólogos se surpreenderam ao descobrir uma joia única e elegantemente trabalhada. Adornada com uma ametista e com acabamento em dourado, a peça possivelmente pertenceu a um cavaleiro ou nobre, e revela mais detalhes sobre a antiga nobreza medieval.

Datada de mais de 600 anos, a joia foi encontrada nos sedimentos do fosso, entre os pilares de madeira da ponte, na entrada norte do castelo. Os trabalhos de escavação no Castelo de Kolno tiveram início em 2010 e, desde então, diversos equipamentos militares, itens equestres e cerâmicas dos séculos 14 e 15 foram descobertos no local, mas a joia recém-descoberta se destaca por seu contexto e artesanato.

Isso porque, embora joias sejam relativamente comuns de se encontrar em tumbas ou tesouros, a descoberta em um ambiente mundano e relacionado a viagens é raro. "Isso a torna especialmente única em um contexto de assentamento medieval", afirmou o arqueólogo Lech Marek, da Universidade de Wrocław, ao Live Science. "Acredito que o item era originalmente parte de um broche ou, menos provavelmente, de uma coroa".

Vale mencionar que o Castelo de Kolno foi construído originalmente no início do século 13 pelo Duque Bolesław III de Brzeg como fortaleza e palácio ducal, além de alfândega, controlando o transporte de madeira; e posteriormente abrigou cavaleiros ricos, antes de ser destruído em 1443, no conflito civil na Silésia.

A partir de uma análise espectroscópica Raman, que mede a luz emitida por lasers que bombardeiam um material para determinar sua composição molecular, a pedra preciosa foi identificada como sendo uma ametista; e uma análise de fluorescência de raios X revelou que as partes metálicas eram prateadas e douradas a fogo, envolvendo quantidades consideráveis de mercúrio.

Significado simbólico

No estudo descrevendo a descoberta, publicado na revista Antiquity, Marek afirmou que as ametistas eram especialmente populares durante a Idade Média devido ao seu significado simbólico, disponibilidade e beleza. No artigo, produzido em coautoria com a arqueóloga Beata Miazga, é descrito que o folclore da época sugeria que essas pedras eram capazes de proteger seus usuários de intoxicação, veneno, gota, pesadelos, traição, engano, cativeiro, cegueira, encantamento e estrangulamento, além de poderem representar fé, modéstia e martírio.

"No sofisticado jogo medieval de símbolos, a escolha de pedras preciosas para joias sempre tinha uma razão mais profunda", afirma Marek, e "se uma joia fosse considerada carregada de poderes sobrenaturais, seu valor aumentava rapidamente".

Dessa forma, os objetos de luxo são vistos pelos arqueólogos como marcadores de "consumo conspícuo", ou seja, objetos que são mais do que funcionais e servem como símbolo de status social e riqueza. No caso da joia descoberta recentemente, não se sabe quem a perdeu ou como isso aconteceu, mas os pesquisadores não têm dúvidas de que ela pertenceu a alguém com um estilo de vida aristocrático.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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