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Morte do papa Francisco reacende interesse em profecias sobre o fim dos tempos
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Morte do papa Francisco reacende interesse em profecias sobre o fim dos tempos

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Aventuras Na História
28/04/2025 15h30
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Sempre que um papa morre ou há uma mudança no papado, antigos textos proféticos voltam a despertar interesse — um fenômeno que, longe de ser novo, reforça a ligação entre a figura papal e expectativas sobre o fim dos tempos. 

Como líder espiritual de uma das maiores religiões do mundo, o papa é frequentemente associado a questões "escatológicas" — termo de origem grega que significa o estudo das últimas coisas — e à ideia de apocalipse no pensamento cristão.

Neste contexto, a chamada "Profecia dos Papas" ganha novo fôlego. A lista, composta por 112 ou 113 lemas curtos em latim, teria sido escrita por São Malaquias, arcebispo irlandês do século XII. 

Segundo relatos, durante uma visita a Roma em 1139, ele teria recebido uma visão mística sobre todos os futuros pontífices, desde Celestino II (eleito em 1143) até o "fim dos tempos". Cada papa é descrito por uma frase simbólica, associada à sua personalidade ou ao contexto histórico de seu pontificado.

A profecia permaneceu praticamente desconhecida até 1595, quando o monge beneditino Arnold Wion publicou o texto — cerca de 450 anos após a suposta revelação. Desde então, seus enigmas têm sido objeto de interpretações, especialmente em períodos de transição papal. 

Segundo a lista, o Papa Francisco seria o penúltimo pontífice, e seu sucessor seria "Petrus Romanus" (Pedro, o Romano), que governaria durante tempos de grandes tribulações, culminando na destruição de Roma e no Juízo Final.

Alguns lemas atribuídos aos papas recentes são frequentemente citados:

João Paulo I (1978) é associado ao lema De Medietate Lunae ("Pelo período de uma Lua"), em referência à brevidade de seu pontificado, que durou apenas 33 dias.

Bento XVI (2005–2013) é relacionado ao lema Gloria Olivae ("Glória da oliveira"), uma possível alusão à Ordem de São Bento, cuja simbologia inclui a oliveira.

Apesar do fascínio popular, especialistas consideram a autenticidade da profecia duvidosa. Muitos estudiosos observam que as descrições até o ano de 1590 são relativamente precisas, mas as seguintes se tornam vagas, indicando que parte do texto pode ter sido forjada pouco antes da publicação para influenciar o conclave daquele ano. A Igreja Católica jamais reconheceu oficialmente a profecia.

São Malaquias

Nascido na Irlanda em 1095, São Malaquias — sem relação com o profeta homônimo do Antigo Testamento — foi monge em Bangor, ordenado sacerdote aos 25 anos e posteriormente nomeado arcebispo de Armagh.

Dedicou sua vida à reforma dos mosteiros e era amigo próximo de São Bernardo de Claraval. Morreu na França em 1148, durante uma viagem para encontrar o Papa Eugênio III. Canonizado em 1190 pelo Papa Clemente III, Malaquias é venerado por sua santidade e pelos relatos de visões proféticas atribuídas a ele.

Profecias de Nostradamus  

Outro nome frequentemente lembrado em momentos de transição é o de Nostradamus. Suas profecias, conhecidas por sua linguagem enigmática, também têm sido associadas ao falecimento de Francisco, que morreu na última segunda-feira, 21, aos 88 anos, após um período de saúde fragilizada.

Entre as interpretações populares, destaca-se a previsão da morte de um "pontífice muito velho", que muitos veem como uma referência ao papa argentino Jorge Bergoglio. Após essa perda, Nostradamus teria descrito a eleição de um novo papa que "enfraqueceria sua sé", ou seja, reduziria a autoridade tradicional do papado — algo que alguns já atribuíam ao estilo pastoral e reformista de Francisco.

Outras passagens interpretadas dos escritos do profeta francês mencionam a eleição de um "romano de boa idade" ou de um "jovem de pele escura" envolvido em assuntos significativos da Igreja, levantando hipóteses sobre um papa de origem diversa ou uma transformação no perfil da liderança eclesiástica. 

Há ainda menções ao "Papa Negro" — título tradicionalmente dado ao Superior Geral dos Jesuítas, ordem à qual Francisco pertenceu. Para alguns, essa expressão sugeriria a continuidade da influência jesuíta no Vaticano.

As interpretações também preveem períodos de turbulência para a Igreja e a "Cidade das Sete Colinas" — referência à Roma —, indicando possíveis desafios geopolíticos e religiosos nos próximos anos, repercute o UOL.

Embora careçam de provas concretas, tanto a Profecia dos Papas quanto os textos de Nostradamus continuam alimentando a imaginação popular e reacendendo velhos temores cada vez que se aproxima o fim de um papado.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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