Revisão do FBI confirma que Jeffrey Epstein morreu por suicídio

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Uma nova análise dos arquivos governamentais dos Estados Unidos relacionados ao financiador Jeffrey Epstein confirmou a ausência de uma lista secreta de clientes e reiterou que sua morte, ocorrida em agosto de 2019 enquanto estava sob custódia federal, foi um suicídio, desmentindo assim diversas teorias da conspiração que surgiram ao longo dos anos.
Um memorando divulgado revelou que a revisão realizada pelo Departamento de Justiça (DOJ) e pelo FBI concluiu que não existem evidências suficientes para justificar investigações adicionais contra terceiros não acusados. Os investigadores afirmaram que "não descobriram evidências que possam fundamentar uma investigação contra terceiros não acusados".
Além disso, o DOJ disponibilizou horas de gravações feitas no Centro Correcional Metropolitano de Manhattan, demonstrando que ninguém entrou ou saiu da área onde Epstein estava detido no período em que os examinadores médicos determinaram que ele havia tirado a própria vida.
O DOJ declarou: "Como parte do nosso compromisso com a transparência, o Departamento de Justiça e o FBI realizaram uma revisão minuciosa dos arquivos investigativos relacionados a Jeffrey Epstein". O órgão acrescentou que a investigação incluiu buscas digitais em seus bancos de dados, unidades de armazenamento e áreas físicas onde materiais relevantes poderiam estar armazenados.
A revisão revelou uma quantidade significativa de material, incluindo mais de 300 gigabytes de dados e evidências físicas como imagens e vídeos de vítimas menores ou que aparentam ser menores, além de mais de dez mil vídeos e imagens relacionadas a abuso sexual infantil e pornografia.
No entanto, o memorando esclareceu que "não encontramos base para revisar a divulgação desses materiais e não permitiremos a liberação de pornografia infantil". Além disso, não foi encontrada nenhuma lista incriminadora de clientes ou evidência credível de que Epstein estivesse envolvido em chantagens contra indivíduos proeminentes.
Com relação às investigações sobre Jeffrey, o documento reafirmou que não são esperadas novas acusações, já que os investigadores não encontraram indícios suficientes para justificar investigações contra terceiros ainda não acusados.
A procuradora-geral Pam Bondi havia prometido anteriormente a liberação pública de numerosos registros relacionados a Epstein; contudo, documentos já divulgados até o momento não avançaram as narrativas conspiratórias que emergiram desde sua morte.
Debate
Após a divulgação do memorando por veículos como Axios e pela jornalista independente Jessica Reed Kraus no Substack, Elon Musk expressou seu desapontamento publicamente. Ele postou uma imagem na plataforma X mostrando o contador de prisões ligado ao caso Epstein em zero. Na legenda, Musk escreveu: "Que horas são? Oh olha, é novamente a hora em que ninguém foi preso".
O CEO da Tesla, que tem se envolvido em polêmicas com Donald Trump devido ao seu trabalho para reduzir gastos federais, insinuou anteriormente que as divulgações prometidas pelo DOJ estavam paralisadas por conta da implicação do ex-presidente nos arquivos de Epstein.Musk chegou a afirmar: "Hora de revelar a grande bomba: @realDonaldTrump está nos arquivos Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos. Tenha um bom dia, DJT".
Trump refutou as alegações feitas por Musk em entrevista à NBC News: "Isso é chamado de 'notícias antigas'. Isso já foi discutido há anos. Até mesmo o advogado de Epstein disse que eu não tinha nada a ver com isso - é notícias antigas", afirmou o presidente dos EUA.
O Departamento de Justiça também enfatizou que sua revisão dos arquivos está alinhada com divulgações anteriores sobre o caso e confirmou que Epstein causou danos a mais de mil vítimas. "Cada uma sofreu traumas únicos. Informações sensíveis relacionadas a essas vítimas estão entrelaçadas ao longo dos materiais. Isso inclui detalhes específicos como nomes e semelhanças das vítimas, descrições físicas, locais de nascimento, associados e histórico profissional", destacou o DOJ.
Segundo o 'The Guardian', a proteção das crianças contra exploração sexual permanece como uma das prioridades mais altas do departamento. Eles concluíram afirmando: "Perpetuar teorias infundadas sobre Epstein não serve para nenhum desses propósitos".


