Justiça dos EUA questiona a legalidade do tarifaço global de Trump
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Integrantes de um tribunal de apelação do circuito federal dos Estados Unidos mostraram ceticismo em relação aos poderes do presidente Donald Trump para impor tarifas sem a aprovação do Congresso. Os juízes não chegaram a uma decisão sobre a paralisação das ordens de Trump, que pretende aumentar as alíquotas sobre a importação de produtos de vários países. A ação se tornou um teste crucial para a agenda do presidente e provavelmente será levada à Suprema Corte, independentemente do veredicto dos magistrados.
Durante a audiência, os juízes ouviram argumentos do governo Trump e das partes que contestam as tarifas. O argumento central é que Trump excedeu suas prerrogativas ao impor as tarifas sem alegar uma emergência comercial. A Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, usada como base para as tarifas, foi questionada pelos magistrados, que destacaram a falta de histórico dessa lei em relação à aplicação de tarifas.
Advogados de empresas e estados que contestam as tarifas argumentaram que Trump não possui autoridade para impor sobretaxas tão abrangentes com base na referida Lei. Por outro lado, a defesa do governo alegou que o país enfrenta ameaças extraordinárias, justificando assim a aplicação das tarifas. A discussão sobre a legalidade das sobretaxas deve continuar, uma vez que a decisão da corte de apelações ainda não foi tomada.
Nesta quinta-feira (31), um decreto formalizou o tarifaço, alterando o valor de algumas tarifas anunciadas anteriormente. O documento não especifica a data de entrada em vigor das novas alíquotas. O México, principal parceiro comercial dos Estados Unidos, obteve uma prorrogação de 90 dias para evitar uma tarifa de 30%, após um telefonema do presidente Trump com a presidente mexicana Claudia Sheinbaum. A batalha legal em torno das tarifas de Trump continua atraindo atenção internacional e promete mais desenvolvimentos nos próximos dias.
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