Tensões entre EUA e Venezuela aumentam com incidentes no Caribe
ICARO Media Group TITAN

As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiram novo patamar com uma série de incidentes ocorridos no Caribe. Durante a semana, o presidente norte-americano, Donald Trump, divulgou um vídeo mostrando militares dos EUA atacando uma embarcação no mar, alegadamente carregada com drogas e ligada a uma gangue venezuelana considerada terrorista pelos EUA. O governo venezuelano, por sua vez, respondeu afirmando que entraria em uma "luta armada" caso sofresse agressões, o que elevou a tensão entre os países.
Em resposta aos eventos, os EUA ordenaram o envio de 10 jatos F-35 para a região do Caribe, após caças venezuelanos armados terem sobrevoo o destróier estadunidense USS Jason Dunham. O Departamento de Defesa americano classificou a ação como "altamente provocativa", enquanto o Pentágono alertou o suposto cartel venezuelano a não obstruir as operações de combate ao narcotráfico conduzidas pelos Estados Unidos.
Os desdobramentos recentes são reflexo do histórico de tensões entre os dois países, intensificadas desde o governo de Hugo Chávez, entre 1999 e 2013. Em 2017, o presidente Trump chegou a mencionar uma "opção militar" para a Venezuela, corroborando a relação conturbada entre as nações. Em janeiro de 2019, Maduro rompeu relações diplomáticas com os EUA após Juan Guaidó se autoproclamar presidente interino e receber apoio de Washington e do Brasil. Desde então, ameaças de intervenção militar americana circulam no cenário diplomático.
Mais recentemente, em março de 2020, os EUA formalmente acusaram Maduro de narcoterrorismo, oferecendo recompensa milionária por informações que levassem à sua captura. As tensões se agravaram com o aumento da recompensa, chegando a US$ 50 milhões, e com a mobilização de tropas americanas para a América Latina, supostamente para combater ameaças relacionadas a cartéis de drogas na região.
Em meio a essa escalada de tensões, a Venezuela solicitou ajuda à ONU diante da frota enviada pelos EUA ao Caribe, afirmando que a operação naval representava uma "ameaça gravíssima". Maduro, por sua vez, prometeu uma "luta armada" caso fosse agredido, enquanto acusou os Estados Unidos de promoverem uma "guerra psicológica" contra seu governo.
Diante da postura beligerante de ambos os países e dos recentes confrontos no Caribe, a comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos dessa crise diplomática, temendo uma escalada militar de consequências imprevisíveis para a região.
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