Trump demite diretora do Federal Reserve e aumenta crise com o BC dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou uma decisão surpreendente nesta segunda-feira (25) ao demitir Lisa Cook, diretora do conselho de governadores do Federal Reserve (Fed). A demissão foi justificada por Trump devido a supostas irregularidades na obtenção de empréstimos hipotecários por parte de Cook. A ação do presidente testa os limites do poder presidencial sobre o órgão independente de política monetária dos EUA, e a possibilidade de contestação judicial dessa decisão.

Trump anunciou a demissão de Lisa Cook por meio das redes sociais e em uma carta direcionada à diretora do Fed. O presidente dos EUA citou acusações relacionadas a hipotecas como motivo para a demissão, afirmando não confiar na integridade de Cook. O mandato de Cook como diretora do Fed, nomeada pelo ex-presidente Joe Biden em 2022, deveria se estender até 2038.

As supostas irregularidades em questão envolvem documentos de empréstimos hipotecários apresentados por Lisa Cook em 2021, nos quais teria indicado propriedades em Michigan e Geórgia como sua residência principal, onde pretendia morar. Em resposta à demissão, Cook enviou um comunicado através de seu advogado afirmando que não há fundamentos legais para sua remoção do cargo para o qual foi nomeada.

A decisão de Trump de demitir a primeira mulher negra a integrar a diretoria do Federal Reserve ocorre em meio a uma série de ataques do presidente contra o órgão e seus integrantes. O presidente americano alegou ter "justa causa" para a demissão de Cook, citando conduta fraudulenta e criminosa em questões financeiras, o que, segundo ele, põe em dúvida a competência e confiabilidade da diretora como reguladora financeira.

A demissão imediata de Lisa Cook levanta questionamentos sobre a independência do Fed e como essa ação afetará as próximas reuniões de política monetária agendadas para os dias 16 e 17 de setembro. A controvérsia em torno das acusações de Trump e a resposta de Cook prometem desdobramentos complexos que podem envolver questões legais e jurídicas sobre o poder presidencial em relação a um órgão crucial para a economia dos Estados Unidos.

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